T-Commerce – A tecnologia do futuro – Por Anselmo Martini

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O mercado de T-Commerce, por sua natureza tecnológica aliada a parte criativa dos conteúdos que incluem filmes, seriados, comerciais e as mais variadas produções independentes, permite abrir um novo espectro de possibilidades que inevitavelmente deve mudar a maneira de pensar e consumir, levando o mercado a um novo patamar.

Com o constante e rápido desenvolvimento de soluções, em específico no mercado de entretenimento, em breve todas as empresas de tecnologia relacionadas a área de e-commerce, conteúdo, plataforma, geração de dados e informação estarão de uma forma ou outra vinculadas ao conceito de T-Commerce, seja por meio de sua própria tecnologia ou por licenciamentos e parcerias.

A capacidade de adequar-se as necessidades das empresas e pessoas é fundamental tanto para a monetização quanto para a popularidade desse recurso, como uma nova opção no mercado. Especificamente no segmento brasileiro de audiovisual essa é uma tecnologia que será uma grande ferramenta para produtores independentes oferecerem as marcas e empresas como uma das principais contrapartidas por patrocínios, indo além do que é entregue hoje, gerando uma oportunidade de monetização até então inexistente. Assim, as empresas passam a ter não apenas a compensação fiscal, mas uma receita efetiva e conforme o produto e plataforma de distribuição disponível atingindo ótimos níveis de retorno.

Por se tratar de um assunto extremamente novo no país para os profissionais de diversas áreas, ainda não existe uma regulamentação específica, portanto é um campo a ser explorado em todos os aspectos e, de certa maneira descoberto, visto as inúmeras possibilidades que oferece.

Existem diversas formas de desenvolver este mercado, seja usando tecnologias já conhecidas, como o chamado 2nd screen, em tradução livre “segunda tela”, trata-se de um aplicativo que reconhece a imagem por som e sinaliza o produto que aparece na TV ou em outro aparelho disparando uma mensagem, por exemplo, em um aplicativo de celular ou tablet; ou por meio de outras alternativas mais interativas e imediatas para o consumidor.

Um dos pontos mais interessantes de uma tecnologia de T-Commerce é o grau de interatividade com o espectador/consumidor e as capacidades oferecidas, como a possibilidade de colocar produtos/serviços em um carrinho, navegar entre as opções de forma interativa e rápida, concluindo a compra ou reservando o produto para adquiri-lo após o programa. Dessa maneira, é possível passar de espectador para consumidor e de volta para espectador, tudo em poucos cliques.

A demanda e exigência cada vez maior do público consumidor obriga que as novas plataformas e tecnologias relacionadas ao T-Commerce sejam altamente flexíveis e polivalentes para atender os interesses e desejos do espectador e dos clientes, seja em plataformas e emissoras de TV ou marcas e empresas que investem para a venda de produtos, serviços e anúncios.

O desenvolvimento de tecnologias que integrem conteúdos, produtos e e-commerce é a tecnologia do futuro e o caminho que o T-Commerce segue. Cada vez mais a melhor solução é aquela que é menos invasiva, disponível imediatamente com cada vez menos cliques e mais precisão e que entregue aquilo que se propõe com a máxima velocidade e qualidade.

Analisando o mercado brasileiro em geral, infelizmente estamos presos a questões burocráticas, tributárias e normativas ficando para trás de outros países em que o empreendedorismo é, em regra geral, mais acessível. Porém, a grande vontade e inabalável persistência dos empresários brasileiros agregado ao potencial latente do mercado é algo que sobressai, sempre atraindo interesse tanto nacional como internacional. O tempo dirá se isto ocorrerá, porém o T-Commerce está se desenvolvendo e se fortalecendo de forma permanente para marcar presença e tornar-se algo comum no mercado brasileiro. Portanto vale ficarmos de olho.

Anselmo Martini é Vice-Presidente de Marketing Global do grupo CinemallTec.