Startup lança ferramenta para aumentar conversão em sites

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Quem nunca desistiu de uma compra online porque o site era difícil de usar? Nos meios digitais é muito fácil mudar de site ou desinstalar um aplicativo ao esbarrar em dificuldades. Mas porque as pessoas abandonam o fluxo de compra? O que acontece e como resolver? São essas questões que o TESTR – uma ferramenta de teste de usabilidade online – se propõe a responder.

Quem cuida de produtos digitais (sites, lojas virtuais, apps etc.) sabe que aumentar a conversão é essencial para obter bons resultados. As principais ferramentas disponíveis para isso são análise de métricas e testes A/B, mas elas só apontam onde estão os problemas e onde as pessoas abandonam a compra – não explicam o porquê.

Teste de usabilidade é uma técnica de pesquisa que mostra o que está por trás do problema e o que pode ser feito para resolvê-lo. Com ele é possível ver as pessoas usando um site ou aplicativo, realizando tarefas e comentando sobre a experiência – o que costuma revelar ótimos insights.

Segundo Elisa Volpato, especialista em pesquisa que trabalha há 11 anos com experiência do usuário (UX) e cofundadora do TESTR, é importante fazer testes de usabilidade porque “em geral a equipe que cria um produto digital não é a audiência desse produto, e isso faz uma grande diferença. O repertório de internet de um designer é diferente do repertório da Dona Maria, que vai interagir com o produto de outra forma. Testar com o público correto é essencial para obter bons resultados”.

O problema é que testes de usabilidade dependem de uma logística de organização, recrutamento e equipamentos, que deixam os projetos caros e demorados. É aí que entra o TESTR. A grande diferença é que agora é possível usar a tecnologia como aliada para eliminar a parte trabalhosa do processo, deixando o teste muito mais rápido e mais barato.

“Um teste de usabilidade convencional com 10 participantes custa a partir de R$ 25.000. Utilizando o TESTR, custa 14 vezes menos. Isso permite que empresas que não faziam testes antes passem a se beneficiar dos seus resultados, e empresas que já faziam aumentem a frequência”, explica Elisa.

Outra grande vantagem é a abrangência nacional. Testes de usabilidade normalmente são feitos em salas próprias para pesquisa e o time acaba conversando apenas com pessoas de uma só cidade. Com o TESTR é possível ter uma amostra muito mais diversa, com pessoas em várias cidades do país. E como os participantes fazem os testes em seu contexto natural de uso, elas ficam muito mais à vontade e os resultados são mais próximos de uma situação real.

COMO FUNCIONA

O TESTR é uma ferramenta self-service. No sistema, o cliente cria o roteiro de tarefas e perguntas e define o perfil dos participantes que devem ser chamados. O sistema encontra as pessoas ideais e envia um convite. Enquanto o participante faz as tarefas pedidas (como encontrar um produto ou simular uma compra), o TESTR grava a navegação na tela, a webcam e o áudio. O cliente recebe o vídeo e as respostas do participante por escrito, organizadas em gráficos e tabelas para facilitar a análise.

A ferramenta funciona na nuvem e não requer instalação nem compra de software. “A contratação é feita de forma avulsa por participante, sem necessidade de mensalidade. É possível também adquirir créditos de forma antecipada para ir utilizando conforme a necessidade”, explica Anderson Sales, cofundador da startup.

“Um dos nossos maiores desafios foi criar uma solução leve e fácil de utilizar para os participantes”, comenta Fabio Trentini, sócio responsável pela tecnologia.

INOVATIVA BRASIL E LANÇAMENTO

Foram 1.148 startups inscritas, 300 selecionas e 125 classificadas para a fase final do Inovativa Brasil, o maior e melhor programa de aceleração do Brasil. Após meses de aceleração, o TESTR participou do Demoday Inovativa e foi eleito entre as 12 melhores startups de todo o programa.

A plataforma será lançada para o mercado na versão desktop em 09 de janeiro de 2017, e os fundadores preveem uma versão para testes em celulares no primeiro trimestre de 2017.