Nos últimos 10 anos, a digitalização e a democratização do acesso aos serviços financeiros transformaram a forma como as pessoas se relacionam com o dinheiro e as instituições. Enquanto no passado as pessoas recorriam aos meios presenciais para pagamentos de contas (agências bancárias – 33% e caixas eletrônicos – 32%) e consulta de saldos (agências bancárias – 25% e caixas eletrônicos – 39%), hoje 66% dos brasileiros utilizam os aplicativos financeiros como principal meio para a realização desses serviços. Os dados fazem parte do estudo “A nova relação com o dinheiro”, realizado pelo Instituto Ipsos, a pedido do Nubank, com 1,8 mil participantes das gerações Z, Millennials, X e Baby Boomers, do Brasil, Colômbia e México.
A geração Z, formada por pessoas entre 18 e 25 anos, é a que lidera a onda de abandono aos serviços que não são digitais. Um em cada quatro jovens desta faixa etária nunca fez um depósito em caixas eletrônicos e 14% jamais realizaram um saque nessas máquinas. A grande unanimidade, entre todas as gerações, é o uso do Pix como o serviço utilizado com maior frequência. Na média geral da pesquisa, 3 em cada 4 entrevistados fazem transações por Pix de maneira recorrente.
“A pesquisa confirma o impacto dos apps financeiros como o Nubank na transformação da relação com o dinheiro. Se há 10 anos falávamos da importância da digitalização no acesso e inclusão, hoje falamos do protagonismo deles na educação financeira da população ao proporcionar ferramentas e orientações sobre como poupar e investir, promovendo um comportamento mais saudável com as finanças”, diz Livia Chanes, CEO do Nubank.
Impacto digital na educação financeira
A principal fonte sobre educação financeira para aproximadamente 4 em cada 10 entrevistados são os sites ou apps das instituições financeiras. Na sequência, nos três países mapeados, as fontes prioritárias de informação sobre o tema são conteúdos digitais dedicados ao tema como mídias sociais (30%), sites especializados em educação financeira (29%) e sites de notícias e blogs (25%). No Brasil, a figura do gerente de banco representa apenas a quinta opção como referência na busca por informações.
A pesquisa revela o interesse crescente por educação financeira. No Brasil, 84% dos entrevistados estão buscando informação sobre esse tema e o assunto está mais presente e cada vez mais cedo. Esse número sobe para 95% na Colômbia. Já entre as gerações, enquanto mais da metade dos Boomers disse nunca ter tido educação financeira, 70% da geração X e 81% dos Millennials já tiveram algum nível de instrução.
Quando o tema é dicas de investimentos, 66% dos brasileiros e mais de 70% dos mexicanos e colombianos esperam que suas instituições financeiras façam recomendações sobre o assunto. “Este é um campo que ainda entendemos que há muitas oportunidades para evolução. Estamos trabalhando para colocar um assistente financeiro, hoje disponível a poucas pessoas, no bolso de cada um de nossos clientes. Queremos usar a tecnologia para fazer recomendações sob medida, transparentes e imparciais que ajudem nossos clientes em suas jornadas financeiras”, afirma Lívia.
De “dor de cabeça” a novas perspectivas de futuro
No Brasil, apesar de o dinheiro ainda ser associado a algum nível de preocupação para muita gente e relacionado a palavras como “gastos”, “conta” e “controle”, outros termos como “planejamento”, “futuro” e “investimentos” também aparecem no topo entre os mais citados. Nos três países pesquisados, o dinheiro deixou de ser apenas um recurso para resolver problemas e passou a significar planejamento e futuro.
O levantamento revela que guardar dinheiro, principalmente para emergências, é prioridade em todos os países, para todas as faixas etárias e níveis de renda. Cerca de metade dos entrevistados citou a “reserva de emergência” como principal objetivo de investimento. O hábito de investir é recente: 50% dos brasileiros começaram a investir nos últimos dois anos, enquanto na Colômbia e no México, esse número é de 42% e 44%, respectivamente.
Confiança e controle
Praticamente todas as pessoas (de 94% no Brasil e Colômbia a 97%, no México) dizem se sentir seguras ou neutras com transações online. A tecnologia também é vista pelos usuários do Brasil, Colômbia e México como facilitadora da organização financeira. Para 80% dos brasileiros participantes da pesquisa, o simples fato de poderem checar o saldo no app contribui para o controle e planejamento financeiro e os aplicativos das instituições financeiras são atualmente a principal ferramenta para organizar o orçamento mensal.
Em quase todos os métodos de planejamento mensal os millennials superam as demais gerações, o que sugere que são o grupo mais atento a essa questão, buscando soluções variadas, dos aplicativos às planilhas. Em todas as gerações, a idade prevalente para começar a aprender sobre o tema foi aos 20 anos, sugerindo que a Geração Z está justamente no momento de ter seu primeiro contato.
Metodologia
Para a realização da pesquisa, a Ipsos aplicou um questionário online a 1,8 mil pessoas divididas igualmente nos países Brasil, Colômbia e México, de todas as regiões e faixas de renda, e de quatro faixas etárias a partir de 18 anos.
Definição de gerações
Geração Z: 18 a 25 anos
Geração Y (Millenials): 26 a 40 anos
Geração X: 41 a 60 anos
Geração Baby Boomers: 61+
Estudo ˜A nova relação com o dinheiro˜realizado pela Ipsos a pedido de Nubank no Brasil, Colômbia e México, representativo de cada país entre 20/09/2024 e 30/09/2024 . Foram realizadas 1.800 entrevistas (600 em cada país) entre Homens e Mulheres, de 18 a 55 anos, das classes média/alta, que possuem serviços financeiros em geral (conta corrente/poupança, cartão de crédito, investimentos ou empréstimos). Margem de erro de 4,0p.p.
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