Ao serem questionados se possuem um plano de carreira na empresa em que trabalham, 53% dos empregados afirmaram não ter essa perspectiva. Quando falamos apenas das mulheres, este índice atinge 60%. Foi o que constatou a pesquisa Alelo Hábitos do Trabalho, realizada pelo Instituto Ipsos, em 12 principais regiões metropolitanas do Brasil.
“Mais do que estimular a equidade das mulheres no mercado de trabalho, as empresas precisam promover oportunidades que as apoiem na consolidação de suas carreiras. A atuação feminina ultrapassa as ações meramente corporativas, por isso temos a obrigação de integrar e sermos responsáveis por assegurar a inclusão do talento e da habilidade delas a longo prazo”, destaca Cesário Nakamura, presidente da Alelo.
A pesquisa ouviu 1.518 empregados, sendo 81% deles, registrados pela CLT. O que chamou mais atenção no geral, além do grande número de mulheres sem planos de carreira, foi a faixa etária dos entrevistados que afirmaram não ter um plano definido. Desses, 54% têm idade entre 25 a 44 anos e 65% pertencem à classe C.
Ainda sobre o futuro, o estudo traz informações sobre o objetivo profissional dos entrevistados a longo prazo — daqui a 10 anos. Como resposta, 13% dizem querer trabalhar em uma área que realmente gostem, sem se preocupar com o retorno financeiro/salário e 10% almejam estar aposentados.
Outros dados: 25% dos entrevistados costumam permanecer num mesmo emprego de 3 a 5 anos e 21%, mais de 10 anos, sendo que 81% deles trabalham em regime CLT, 8% como Pessoa Jurídica (PJ), 5% como temporários e 6% como estagiários. A maior parte, 25%, trabalha em uma empresa com mais de mil funcionários.
Sobre a pesquisa
Encomendada pela Alelo ao Instituto Ipsos e realizada durante os meses de agosto e setembro de 2019, a pesquisa Hábitos do Trabalho ouviu 1.518 pessoas, com trabalho registrado, em 12 principais regiões metropolitanas do país, sendo 56% homens e 44 % mulheres, de 18 e 65 anos, e a maior porcentagem (55%), população entre 25 e 44 anos.
O Instituto Ipsos entrevistou, ao todo, 2.333 pessoas, por meio de uma pesquisa online, sendo 1.518 com trabalho registrado, analisadas nesse material, além de 468 desempregadas e 347 autônomas. A pesquisa apresenta margem de erro de 2pp. O estudo foi realizado com abrangência nas principais regiões metropolitanas do Brasil: São Paulo, Rio de Janeiro, Goiânia, Brasília, Florianópolis, Belém, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Recife, Salvador e Fortaleza.