Ao mesmo tempo em que emergem no mercado tecnologias como IoT, o Blockchain e a Inteligência Artificial, cresce também a preocupação das empresas sobre os desafios que a implementação destas inovações traz. Para entender um pouco melhor como as companhias no Brasil estão vendo – e se preparando – para este movimento, a Thomson Reuters, provedora líder mundial de informação e tecnologia, acionou sua extensa base de decisores corporativos e, em parceria com a Live University, universidade especializada em cursos voltados para negócios, ouviu mais de 300 profissionais em posições de liderança e especialistas para mapear o que eles esperam e o que os preocupa na adoção das novas tecnologias dentro do ambiente corporativo.
A implementação de inovações é vista como positiva e traz benefícios na opinião de 90% dos entrevistados. Entre os motivos para a adoção das novas tecnologias, 25% afirmam que o foco está na redução de custos operacionais, seguido de melhoria da governança corporativa e mitigação de riscos, com 21% cada, além de ganhos de competitividade, destacado por 16% dos participantes, e melhoria de produtividade, apontada por 14% dos decisores. Segundo o estudo, 80% dos entrevistados acreditam que será impossível se manter competitivo nos próximos 3 anos nas áreas em que atuam sem a adoção das tendências tecnológicas.
No entanto, apenas 42% dos entrevistados pretendem aumentar os investimentos na área de tecnologia e outros 34% planejam manter o montante atual. Já 22% dos ouvidos não planejam aumentar seus investimentos no curto prazo.
“Grande parte dos decisores tem alta expectativa quanto ao uso de novas ferramentas disponíveis do mercado, como facilitadores do crescimento da empresa e do desenvolvimento do trabalho no dia a dia. Apesar disso, encontramos ainda algumas barreiras quanto aos investimentos por parte das empresas, mesmo com a percepção dos gestores de que, sem isso, a empresa não conseguirá se manter competitiva”, afirma Santiago Ayerza, Head Latam de Corporate e Tax Professional da Thomson Reuters.
Mesmo com benefícios da adoção de novas tecnologias sendo quase uma unanimidade, apenas 17% dos gestores acreditam que seus profissionais estão prontos para usar essas novas tecnologias, o que ajuda a explicar outro dado: 63% estão investindo em capacitação de seus colaboradores para as grandes mudanças que serão impulsionadas pelas novas tecnologias.
“Chama a atenção o perfil de profissional que estes líderes pretendem atrair. Entre um profissional com larga vivência na área de atuação, porém pouco familiarizado com as novas tecnologias, e outro candidato com pouca experiência na área de atuação e amplo background tecnológico, o segundo profissional leva vantagem, com a preferência dos entrevistados”, aponta Santiago. Um dos reflexos do avanço tecnológico, na opinião dos gestores, é a percepção de que novas funções serão criadas em sua área de atuação, situação apontada por 83% dos entrevistados.
O levantamento perguntou também quais as tecnologias que lhes eram mais atraentes, permitindo a múltipla escolha. A Internet Das Coisas foi lembrada por 31,3% dos entrevistados, seguida por Blockchain (30,9%), Data Science (29,8%) e Inteligência Artificial/Machine Learning (29,2%). Dentre os principais motivos para adotar uma destas inovações, as razões mais apontadas foram aumento da eficiência do trabalho (27%), melhorar governança e compliance (20%), padronizar processos (19%), reduzir o risco de fraudes (18%) e aumentar competitividade (15%).
A pesquisa também perguntou a expectativa destas lideranças para o cenário econômico brasileiro no próximo ano. Dez por cento deles se mostram totalmente otimistas, 57% se disseram otimistas dependendo do resultado das eleições, 10% se declararam totalmente pessimistas e outros 23% demonstraram pessimismo que dependerá dos resultados das urnas. Sobre o cenário mundial, 77% se disseram otimistas para 2019.
“O bloco composto por IoT, Blockchain, Data Science, A.I., Machine Learning, Chat Bots e Data Science é a grande aposta da alta gestão para impulsionamento do desenvolvimento de suas empresas. Com a maior parte dos decisores otimistas quanto ao cenário mundial, e confiantes que o cenário brasileiro pode melhorar após as eleições, um cenário propício para implementação de novas tecnologias vai, aos poucos, se delineando”, conclui o executivo da Thomson Reuters.
Em relação às tecnologias inovadoras, 40% dos entrevistados apontaram que ou já usam em sua plenitude as ferramentas disponíveis ao seu setor de atuação, ou usam em algumas áreas e pretendem ampliar a adoção. Outros 15% ainda não as adotaram, mas possuem projetos de curto prazo para implantá-las. Apenas 3% afirmaram que não usam e nem pretendem utilizar.
Como fatores determinantes para a escolha da melhor solução tecnológica, destacam-se os custos de aquisição e manutenção (21%), o nível de dificuldade de implantação (21,3%) e a expertise na área (18,9%), além de rapidez na implementação (13,4%).
Participaram da pesquisa profissionais de empresas de todos os tamanhos (64% com atuação em comércio exterior e 28% com faturamento anual de mais de R$ 1 bilhão).
A pesquisa completa será apresentada nó próximo dia 16 de outubro no Synergy 2018, evento anual da Thomson Reuters que reúne líderes e especialistas para discutir as principais tendências, desafios e novidades em tecnologia para os segmentos Fiscal, Tributário e de Comércio Exterior, no Brasil e no mundo. As informações completas, com programação, palestrantes confirmados e orientações gerais estão no site oficial do evento: synergy2018.com.br/.