Mulheres avançam no mercado de TI com incentivos acadêmicos

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Lugar de mulher é onde ela quiser, inclusive na Tecnologia. Porém, elas vêm encontrando dificuldade para exercer seu potencial nesse setor. No Brasil, apenas 15% das matrículas nos cursos da área são feitas por mulheres, conforme a Pnad, e somente 17% dos programadores são do sexo feminino, de acordo com a Unesco. Em um nível global, apenas 11% dos cargos executivos no Vale do Silício (EUA) estão ocupados por elas. Já um estudo da Harvard Business Review, aponta que 41% das mulheres que trabalham no setor desistem de suas carreiras, contra apenas 17% dos homens.

No Brasil, a Faculdade Impacta, instituição de ensino superior voltada para as áreas de Gestão, Design, Tecnologia da Informação e Mercado Digital, firmou parceria com a Avanade, gigante global de consultoria de TI, para oferecer, no primeiro semestre de 2019, duas bolsas de estudo integrais para alunas de baixa renda no curso de Sistemas de Informação.

Contando todos os cursos oferecidos pela instituição, entre online e presenciais, houve um aumento de cerca de 40% de mulheres matriculadas, sendo 3.017 em 2017 para 5.090 matrículas em 2018. Em 2019, a Impacta já tem quase 900 mulheres oficialmente matriculadas, isso só no primeiro trimestre do ano.

Dentro da faculdade, as estudantes de TI encontram incentivos acadêmicos e sociais para não apenas ingressar na área, mas permanecer e gerar interesse em outras garotas. É o projeto Tech´n Roses – Meninas Digitais, que nasceu em julho de 2018 com a coordenadora pedagógica Ana Cristina dos Santos, e tem o objetivo de desenvolver habilidades comportamentais (softs skills) e habilidades técnicas entre as estudantes. Uma segunda etapa do projeto visa atender meninas de escolas públicas, envolvendo as alunas da Impacta na proposta social e de empoderamento de outras garotas em TI.

“No momento o projeto está focado na formação, conscientização e empoderamento das alunas de tecnologia da Impacta, pois, acreditamos que é preciso primeiro fortalecer nossas alunas, para então impactar outras garotas, promovendo a área de TI como uma possibilidade e uma alternativa de mercado de trabalho”, afirma Ana Cristina.