De acordo com a Pesquisa de Remuneração Total 2022, da Mercer, que conta com quase 900 empresas e 2 milhões de profissionais pesquisados, as áreas em que se encontram maior percentual de profissionais com mais de 50 anos são: Produção (Operação, Fábrica, Manutenção), Administrativo e Vendas. Nesse sentido, o conceito de lifelong learning, que ganhou força nos últimos anos dada a vertiginosa aceleração da dinâmica do mercado, digitalização, dentre outros, é algo extremamente importante não só no aspecto profissional, mas também no pessoal.
Os profissionais 50+ atrás de recolocação ainda esbarram constantemente em um paradigma que abarca ideias antiquadas e generalizações banais reforçadas erroneamente por interpretações mal produzidas de conceitos modernos, como o avanço da tecnologia e inovação e como esses profissionais lidam com isso, e a categorização das gerações e suas características. A discussão com relação ao etarismo está apenas começando no mundo corporativo em meio a avanços importantes no que diz respeito à diversidade como um todo.
“O aprendizado contínuo deveria acontecer em direções e campos distintos da especialização já alcançada para incorporar diferentes conceitos, métodos e ideias de outros campos do saber e estalar novas possibilidades de projetos, caminhos e resultados. Além disso, é importante dar vida e contexto à maneira como o conhecimento e a vivência acumulados contribuirão para as atividades da posição” afirma Rafael Ricarte, líder de produto de carreira da Mercer Brasil.
Para o especialista, no mundo corporativo contemporâneo, os profissionais devem nutrir alguns elementos fundamentais em torno do conhecimento, principalmente o que conhece, o quanto conhece e quem conhece, considerados ativos intrínsecos e inalienáveis de qualquer pessoa. Em especial o último, quem conhece, ou a rede de relacionamento direta e indireta, é o meio mais eficaz de se movimentar no mercado de trabalho.