A 2TM, holding do Mercado Bitcoin, anuncia o second closing da Série B, com a captação adicional de US$ 50,3 milhões, e a entrada dos fundos americanos 10T e Tribe Capital, especialistas em blockchain. Esta é a primeira vez que o 10T investe em uma companhia na América Latina. Completam a rodada os brasileiros Traders Club, Pipo Capital e Endeavor, através de seu Scale Up Ventures Fund. A rodada teve início em julho e foi liderada pelo SoftBank Latin America Fund, que investiu US$ 200 milhões na Companhia. Os novos aportes consolidam a posição de um dos poucos unicórnios cripto-native no mundo.
Roberto Dagnoni, CEO da 2TM, explica que a companhia se consolida como a maior plataforma cripto da América Latina e, a partir do Brasil, prepara sua expansão internacional priorizando México, Argentina, Chile e Colômbia. “Fechamos 2020 com cerca de 2 milhões de clientes e, desde o começo do ano, avançamos para mais de 3,2 milhões, patamar muito próximo ao da bolsa brasileira, o que apenas reforça o apetite do brasileiro pelos ativos digitais e esse tsunami que está chegando ao mercado financeiro tradicional”, diz. Segundo o executivo, entre janeiro e outubro de 2021, a plataforma transacionou mais de R$ 40 bilhões em volume, o equivalente a duas vezes todo o volume realizado entre 2013, quando o Mercado Bitcoin foi fundado, e o fim de 2020. “Além disso, desde o início da rodada até agora, são mais de 400 mil novos clientes”.
Ele ressalta que outro vetor de crescimento está conectado aos investimentos no ecossistema blockchain que a empresa já fez a partir da metade deste ano, como SL Tools e CERC, que aproximam o blockchain do mercado financeiro tradicional. Outros projetos em andamento incluem parceria com o Itaú Unibanco para o desenvolvimento de tokens de recebíveis, na primeira iniciativa desta natureza de um dos maiores bancos do país e, ainda, uma parceria estratégica com a Comerc Energia para lançar tokens de energia renovável. “Ambos confiaram na infraestrutura de mercado que estamos construindo aqui, digital, acessível, disponível 24/7 e com liquidação em D+0”, diz o executivo.
Somam-se a isso investimentos focados no ecossistema cripto e no mundo dos dos NFTs, como Fingerprints DAO, Tropix, e Block4. Segundo o DappRadar, somente os NFTs registraram vendas de US$ 10,7 bilhões no terceiro trimestre de 2021, um crescimento de oito vezes o volume do trimestre anterior. Ao mesmo tempo, a plataforma segue investindo na listagem de novos produtos. “O plano é terminar o ano com 100 ativos disponíveis, com destaque para as criptos Cardano (ADA) e Solana (SOL), além dos fantokens de Corinthians e dos tokens baseados no mecanismo de solidariedade da FIFA do Santos e do Vasco”, completa Dagnoni.
“Nossa expansão internacional e o aumento de oferta de novos produtos baseados na tecnologia blockchain, que deu vida ao bitcoin, estão apenas começando. Com a chegada do 10T e da Tribe, teremos além do investimento, a expertise global deles no setor de Blockchain e isso é ainda mais relevante do que o valor aportado”, diz Dagnoni.
O Traders Club passa a ser acionista da Companhia, ampliando a parceria estratégica entre as duas empresas e reforçando a construção de uma ampla comunidade cripto no Brasil. Pipo Capital faz a sua primeira incursão em empresas cripto-native; já a chegada da Endeavor garante o carimbo de qualidade do primeiro hub de inovação criado no Brasil.
Dagnoni ressalta que todos esses movimentos só são possíveis por conta da série de iniciativas focadas na institucionalização do setor e da persistente iniciativa de trabalhar próximo, por exemplo, ao Banco Central, CVM e COAF. “Desde a nossa fundação em 2013, temos atuado para a formalização do mercado no Brasil. Fomos a primeira plataforma a emitir nota fiscal e estar pronta para atender aos requisitos da Instrução Normativa 1888/19 publicada pela Receita Federal Brasileira. Muitas de nossas políticas e projetos contribuíram de forma fundamental nos avanços conquistados até aqui”, garante.
O second closing acontece dez meses após a rodada Série A realizada em janeiro deste ano, liderada por GP Investimentos, e que contou também com os fundos Parallax Ventures; HS Investimentos; Évora; Genial e Gear Ventures.
J.P.Morgan and DealMaker atuaram como assessores da 2TM na transação.