O ano de 2013 promete ser muito positivo para a indústria e para o varejo de móveis e colchões. O setor experimentará incremento superior a 2012, ano que se despede com o crescimento mais tímido desde 2009.
Para o ano que vem, a produção deverá crescer 5,5% em volume, o que representa 8% em valores nominais. O varejo também apresentará bons índices, com alta de 6,8% em volume e 9,7% em valores nominais. Os números fazem parte do estudo “Projeções de Mercado”, elaborado pelo IEMI Inteligência de Mercado.
A extensão do benefício do programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, para a aquisição de móveis já começou a influenciar as vendas neste ano, assim como outras linhas de financiamento oferecidas pelos bancos.
Essa é uma excelente notícia ao se considerar que a maior parte da produção é voltada ao consumo interno e que o setor não sofre forte concorrência de importados.
“Hoje temos muitas alternativas no varejo para estimular o consumo e a produção nacional de móveis e colchões”, comenta Marcelo Prado, diretor do IEMI Inteligência de Mercado.
A redução do IPI para a compra de móveis, ocorrida em 2012, não conseguiu favorecer a aquisição de mobiliário, na mesma medida em que fomentou o consumo de outros bens duráveis. Isso porque o varejo e o consumidor voltaram a sua atenção muito mais aos produtos da linha branca, eletrônicos e automóveis, que por contar com marcas fortes e um grande esforço de comunicação por parte dos fabricantes, conseguiram capitalizar muito mais o benefício oferecido pelo governo aos seus produtos.
O crescimento previsto para a produção e vendas de móveis em 2013 também pode ser em parte explicado pela demanda reprimida formada junto aos consumidores brasileiros, que investiram muito em outros bens duráveis e adiaram a compra de móveis, independente do benefício gerado pela redução do IPI.
No cenário internacional, ainda não se vê uma recuperação rápida das exportações, ainda mais porque as crises econômicas da União Europeia e dos Estados Unidos atingiram fortemente o mercado imobiliário, que está diretamente relacionado ao moveleiro.
O mercado que tem apresentado maior potencial para as exportações brasileiras é o da América do Sul, devido à competitividade brasileira nos móveis fabricados em madeira, apesar de que este destino seja menos afeito aos móveis da linha alta.