Employee Experience é tendência e ganha cada vez mais espaço nas empresas do Brasil

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A forma como um colaborador avalia o ambiente de trabalho mudou ao longo dos anos. Com isso, a prioridade agora é estar em empresas que permitam um equilíbrio saudável entre vida pessoal e profissional e diante da nova realidade, o Employee Experience tem ganhado cada vez mais força entre os profissionais de RH e dentro das companhias no país.

Atração de talentos, aumento de motivação e menor rotatividade. Essas são algumas vantagens obtidas ao pensar na experiência do colaborador. No entanto, mesmo com tão resultados positivos, o maior foco ainda é em customer experience, que tem 90% da atenção das companhias, segundo pesquisa da Gartner.

“Para entender essa tendência, precisamos levar em consideração que tudo é sobre pessoas. São elas que representam a marca e trabalham para atingir seus objetivos. Portanto, além de pensar em ações para o consumidor final, é preciso pensar em construção interna, para solidificar e fidelizar uma relação com os profissionais”, pontua Ana Paula Prado, CEO do Infojobs, HR Tech que desenvolve soluções de tecnologia para RH. 

Para aplicar bem o Employee Experience, os empregadores devem pensar em desenvolvimento mais rápido, movimentar colaboradores regularmente, promover ciclos contínuos de promoção e fornecer mais ferramentas de gerenciamento de carreira aos funcionários. 

“As ações devem entender cada jornada individual, mapeando desafios, problemas, dificuldades, preocupações, sonhos e objetivos para então desenvolver soluções ativas que promovam transformações. Preciso ressaltar que é fundamental lidar com todas as etapas do ciclo de vida na empresa, do recrutamento ao desligamento, para cuidar da experiência como um todo”, explica a executiva. 

Como aplicar a Employee Experience 

Conforme pesquisa da Randstad, 81% dos brasileiros querem que a vida dentro e fora do trabalho tenha mais equilíbrio, bem acima da média global que é de 67%. Outro dado que deve ser levado em conta é o estudo da Gartner, realizado em 2022, em que 82% dos funcionários disseram que é importante para eles que a organização os veja como uma pessoa, não apenas um funcionário.

Experiências boas ou ruins são propagadas com facilidade, pois as pessoas têm o hábito de contar suas experiências para quem se relacionam. Para que uma empresa seja lembrada como um momento bom na vida de um colaborador, um estudo aprofundado deve ser feito. 

“O primeiro ponto é definir como a organização quer que o colaborador a enxergue. Em seguida, é preciso entender o panorama geral. Quais são as necessidades e os desafios enfrentados pelo time? Para essas respostas, os profissionais podem (e devem) ser consultados. Com isso, chegou a hora de desenhar a jornada de uma pessoa no negócio – do dia de entrada ao dia de saída. Por fim, com todas as informações, um planejamento deve ser montado, juntamente com um cronograma para aplicação. Vale lembrar que todas as ações precisam ter relação com os valores culturais”, diz Ana Paula.

Pode-se dizer que as boas experiências partem da convivência em um ambiente com oportunidades de aprendizagem, crescimento, melhorias salariais e desafios, com reconhecimento e relação saudável com a liderança. 

“Devemos estar alinhados com as necessidades da sociedade, dos novos talentos e as formas de promover valor, ou seja, é preciso observar e transformar, pensando nos desafios de contratação e retenção”, conclui a CEO do Infojobs.