Dois pesquisadores que dedicaram suas carreiras a contribuir com o desenvolvimento do país e colocaram o Brasil em destaque no cenário científico mundial tiveram seu legado reconhecido na noite desta quarta-feira, 21. O matemático Marcelo Viana e o biólogo João Batista Calixto foram agraciados no 1º Prêmio CBMM de Ciência e Tecnologia em cerimônia realizada no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro. O prêmio foi criado pela CBMM, líder mundial no fornecimento de produtos e tecnologia do Nióbio, com o propósito de incentivar a produção da pesquisa científica e tecnológica de caráter inovador no Brasil. Junto aos troféus, cada agraciado recebeu um prêmio de 500 mil reais.
O matemático Marcelo Viana, diretor-geral do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), foi prestigiado na categoria Ciência. “Estou muito honrado por esta distinção e quero agradecer à CBMM, a quem parabenizo pela iniciativa de criar um prêmio desta natureza, que sinaliza de modo inequívoco a importância da ciência e tecnologia para o desenvolvimento nacional, especialmente num momento tão delicado como este que estamos vivendo”, diz o pesquisador, que foi presidente da Sociedade Brasileira de Matemática e vice-presidente da União Matemática Internacional. “Quero crer que, a par de contribuições que eu possa ter dado à causa da ciência brasileira, o fato de o prêmio CBMM para ciência ter sido atribuído a um matemático já em sua primeira edição, reconhece sobretudo o desenvolvimento extraordinário que esta disciplina alcançou no Brasil nas últimas décadas”, afirma.
O biólogo e doutor em Farmacologia João Batista Calixto, diretor do Centro de Inovação e Ensaios Pré-Clínicos, foi o vencedor na categoria Tecnologia. “A CBMM foi muito feliz de escolher o ano de 2019 para o primeiro prêmio. O Brasil está passando por uma grave crise no apoio à ciência e tecnologia, e o prêmio traz um alento à toda comunidade científica. Esse prêmio traz esperança, por ser o maior e por estar premiando dois cientistas completamente fora da área da empresa”, comenta. Professor-titular de farmacologia aposentado da UFSC, pesquisador nível 1A do CNPq e membro da Academia Brasileira de Ciências, ele ressalta ainda que cientistas precisam trabalhar em colaboração com as políticas públicas para contribuir com o desenvolvimento do país e com o bem-estar da população. “É um reconhecimento que muitas outras empresas grandes poderiam seguir para realmente ajudar a mudar o país. Isso acontece em outros países. Esse prêmio estimula e abre essa possibilidade”, comemora.
A premiação reforça o compromisso da empresa de deixar um legado para o Brasil para além do desenvolvimento mundial do mercado de Nióbio. “A companhia acredita que o conhecimento científico e tecnológico gera contribuições econômicas, sociais e ambientais fundamentais para o desenvolvimento do país”, afirma Ricardo Lima, vice-presidente de Operações e Tecnologia da CBMM.
A cerimônia de entrega do prêmio contou com a palestra do norte-americano Paul Romer, vencedor do Prêmio Nobel de Economia em 2018 pela Teoria do Crescimento Endógeno, que integra a inovação tecnológica ao desenvolvimento de um país ao sustentar que investimentos em capital humano, inovação e conhecimento contribuem significativamente para o crescimento econômico. “Paul Romer provou que o legado da pesquisa tecnológica contribui com o crescimento econômico de um país, o que corrobora o posicionamento da CBMM, que tem sua história diretamente ligada ao estímulo à pesquisa, desenvolvimento e tecnologia de materiais e soluções inteligentes aplicadas em diversos segmentos,” finaliza Lima.
O Prêmio CBMM de Ciência e Tecnologia se junta aos prêmios Charles Hatchett e Young Persons World Lecture Competition, premiações acadêmicas internacionais apoiadas pela companhia, como contribuição para o estímulo e reconhecimento do legado da pesquisa científica e tecnológica mundial.