Descubra o que é FinOps e como essa estratégia pode auxiliar na gestão financeira empresarial

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Uma das melhores estratégias para empresas ganharem escalabilidade, flexibilidade e fácil acesso a informações é a migração de sistemas e dados para a nuvem. Essa tem sido a opção de inúmeras companhias pelo mundo, que descobriram as vantagens de realizar a jornada de dados e aplicações para a nuvem pública, privada ou híbrida.

Segundo Fernando Nunes, arquiteto de soluções da Claranet Brasil , provedora de serviços gerenciáveis de TI, a estratégia é necessária e eficiente, porém muitas dessas corporações encontram dificuldades quando o assunto é gerir os custos advindos do serviço de computação em nuvem. Isso porque o valor pago mensalmente é calculado com base no consumo dos serviços, que é bastante flexível.

De acordo com uma pesquisa realizada pela 451 Research, 80% dos 300 líderes financeiros e de TI entrevistados reconhecem que a má gestão financeira na nuvem trouxe prejuízos para os negócios. Além disso, mais de 57% dos entrevistados se dizem preocupados com o gerenciamento de custos da nuvem. Diante disso, é possível perceber que a gestão de custos ainda é muito falha dentro das empresas, levando à necessidade de uma consultoria específica para esse fim.

Assim, surgiu o FinOps, que é um modelo operacional para a nuvem, uma combinação de sistemas e práticas recomendadas, que facilita o entendimento dos custos dos serviços em cloud, aumentando assim o valor comercial da nuvem. Para isso, a prática reúne profissionais de tecnologia, negócios e finanças com um novo conjunto de processos. De modo geral, a jornada do FinOps possui três fases iterativas: informar, otimizar e operar.

Primeiros passos

Informar é a primeira etapa do FinOps, que é essencial para capacitar as organizações e equipes. Considerando que a natureza da nuvem é elástica em termos de uso e preços, é necessário que as equipes tenham uma visibilidade precisa para tomar decisões assertivas. Após essa fase, é preciso otimizar sua presença na nuvem. Assim, as equipes podem melhorar o ambiente dimensionando a plataforma e desativando recursos desnecessários.

“A migração para nuvem só terá sucesso caso a empresa consiga construir uma cultura de FinOps bem ampla. Logo, essa cultura deve envolver um centro de custos em nuvem, incluindo equipes comerciais, financeiros e operacionais que também definam a governança apropriada”, explica o arquiteto de soluções.

Nunes ainda ressalta que o FinOps é a forma mais eficiente para as equipes gerenciarem seus custos na nuvem, porém afirma que é uma prática cultural, exigindo que as equipes passem a trabalhar conjuntamente, e não apenas em silos. “Ao integrar os times de finanças, tecnologia e negócios, os processos do FinOps permitem que essas equipes operem em alta velocidade, melhorando a economia unitária da nuvem”, finaliza.