Mercado das distribuidoras impulsionou o crescimento, devido às temperaturas mais elevadas registradas em boa parte do Brasil
O consumo de energia elétrica registrou crescimento na primeira quinzena de fevereiro, após o mês de janeiro apresentar estabilidade. Houve alta de 2% na comparação com o mesmo período de 2022, impulsionada pelo mercado das distribuidoras, conhecido como ambiente regulado. As temperaturas mais altas em relação ao ano passado levaram a um maior uso de aparelhos de ar-condicionado e ajudam a explicar o resultado.
Já no segmento livre, em que grandes indústrias e empresas podem escolher o seu fornecedor e negociar condições de seus contratos, o crescimento foi de 0,1%. Destaque para os ramos de atividade que envolvem a extração de minerais metálicos e a metalurgia, além dos setores de alimentos e bebidas.
Os dados preliminares são do Boletim InfoMercado Quinzenal da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica — CCEE.
Consumo por ramo de atividade econômica
Entre os 15 setores da economia que contratam seu fornecimento no mercado livre, a CCEE registrou os maiores aumentos nos ramos de Extração de Minerais Metálicos (10,1%), Metalurgia e Produtos de Metal (5,7%) e Alimentos e Bebidas, ambos com 5%. Verificou-se as maiores baixas nas indústrias de Químicos (-3,55), Têxteis (-6,4%) e Minerais Não-Metálicos (-6,8%).
Consumo por região
Nas duas primeiras semanas de fevereiro, a CCEE observou alta no consumo em quase todas as regiões do país, com exceção do Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Amapá e o litoral norte do Nordeste. Temperaturas acima da média observada no mesmo período do ano passado podem ter influenciado o resultado, porque levam ao aumento no uso de ar-condicionado.
Geração de energia elétrica
As hidrelétricas continuam aumentando sua geração graças ao bom ciclo de chuvas. Esse cenário tem contribuído para uma redução significativa no despacho de usinas termelétricas. A fonte eólica e a solar também seguem avançando, puxadas pelo crescimento da capacidade instalada.