Consorciei levanta rodada de investimentos de mais de 30 milhões

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A Consorciei, que tem a missão de ajudar milhões de brasileiros consorciados a atingirem seus objetivos financeiros, acaba de levantar uma rodada de investimentos Series A de pouco mais de R﹩30 milhões. Liderada pela Tera, family-office dos fundadores do Pátria, a rodada teve participação da Tarpon, que já era acionista da companhia, e outros family-offices.

Os recursos da rodada serão utilizados para acelerar o crescimento, com foco principal em novas contratações e marketing. Em 2020, a companhia cresceu 10x em relação ao volume de 2019, e pretende manter um ritmo de crescimento alto nos próximos anos. Fundada em 2018 por Alexandre Caliman Gomes, João Prado e Pedro Amoroso Lima, todos com mais de 10 anos de experiência no mercado financeiro, a startup se propõe a transformar o mercado de consórcios, um dos poucos segmentos do mercado financeiro que não acompanharam, na mesma intensidade, a onda de inovação tecnológica do mercado.

A Consorciei surgiu com o propósito de oferecer uma solução simples e justa para os milhões de brasileiros que desistem de seus consórcios e acabou por impulsionar a transformação digital na indústria de consórcios como um todo. Ela permite que um consorciado que deseja desistir do seu consórcio possa realizar a venda da cota em poucos minutos em sua plataforma, sem a necessidade de esperar até o final do grupo ou a contemplação para ter acesso ao dinheiro.

A fintech é hoje o player mais relevante no mercado secundário de consórcios e já transacionou mais de R﹩200 milhões, estabelecendo parcerias com algumas das maiores administradoras de consórcios do Brasil, como Itaú, Santander, Porto Seguro, Magalu, Randon, Canopus e outras. Além disso, se orgulha de manter um indicador NPS de satisfação dos usuários da solução acima de 90.

Além de escalar o mercado secundário, a fintech criou recentemente um novo segmento, que, ao que tudo indica, deve virar padrão na indústria: trata-se de empréstimos com garantia nas cotas de consórcio. “É um produto totalmente inovador e oferece uma opção a mais para o consorciado que precisa de liquidez, mas não deseja se desfazer de sua cota”, afirma Alexandre Caliman Gomes, sócio-diretor e um dos fundadores.

Mercado primário

Nesta jornada de modernização, a Consorciei agora mira o mercado primário de consórcios. Em 2020, mais de 3 milhões de novas cotas de consórcio foram comercializadas no país e isto gerou em torno de R﹩5 bilhões de comissões pagas a corretores no setor, segundo estimativas da empresa. A maior parte destas vendas foram feitas “offline”. A fintech vê, nesse cenário, oportunidade de replicar o que fez no mercado secundário: criar um processo 100% online, seguro, simples e rápido, gerando benefícios para os clientes e maior eficiência para o sistema.

Na visão dos fundadores, o consórcio, apesar de ser um produto já existente há algumas décadas, traz elementos supermodernos de finanças comportamentais. “Poupar é um desafio no mundo inteiro. De forma geral, não somos muito capazes de postergar gratificação, e por conta disso temos dificuldade de tomar decisões alinhadas com nossos objetivos mais importantes. O consórcio possui um elemento de poupança forçada muito poderoso que pode nos ajudar a atacar este problema. O produto não é perfeito, mas acreditamos que, com alguns ajustes, é possível transformar o consórcio em uma solução escalável globalmente”, afirma Pedro Amoroso Lima, sócio-diretor e um dos fundadores.

Diferente de outras fintechs, importante ressaltar que a Consorciei não está no mercado para competir com os incumbentes, mas sim apoiá-los na jornada de transformação digital. Segundo João Prado, sócio-diretor e um dos fundadores, “a Consorciei está aqui para somar. Acreditamos que conseguimos ajudar os players atuais, nossos parceiros, a melhorarem o produto que eles já oferecem. Queremos ser o partner-of-choice das administradoras”.