Especialista da SMU Investimentos explica as modalidades mais comuns disponíveis no mercado para startups em diferentes estágios de maturidade
Toda empresa precisa de capital, seja para começar e produzir suas primeiras versões — o famoso MVP (Produto mínimo viável), seja para escalar. Existem diversas oportunidades no mercado para startups que precisam captar dinheiro para colocar seus planos em prática. Esta variedade de possibilidades pode inclusive causar confusão na hora da escolha. “Entender essa dinâmica é importante para que o empreendedor encontre a modalidade que melhor atenda as necessidades do negócio”, comenta Diego Perez, CEO da DMU Investimentos, primeira plataforma de Crowdfunding de Investimentos do Brasil.
Para ajudar quem tem dúvidas sobre o assunto, o especialista listou algumas opções de investimentos de maior destaque no mercado. Confira as explicações à seguir:
Investimento-Anjo
É o investimento feito por pessoas físicas, através de seu próprio capital, em empresas novas e com grande potencial de crescimento. Este tipo de investidor tem o objetivo de aplicar em negócios com alto potencial de retorno.
Capital semente (Seed)
Uma boa forma de captar recursos para empresas que ainda não são famosas no mercado, mas que já tem produtos ou serviços lançados e algum faturamento. Este modelo de investimento apoia startups em fase de implementação e organização. Neste estágio, os aportes financeiros ajudam na capacitação gerencial e financeira do negócio, entre demais funções. O seed pode ser feito tanto por pessoas físicas quanto jurídicas.
Incubadoras
As incubadoras são um modelo mais tradicional de investimento. A partir de um projeto ou uma empresa que tem como objetivo a criação ou o desenvolvimento de pequenas empresas, oferecendo apoio nas primeiras etapas de seu planejamento. Este processo de investimento feito por incubadoras inclui ajuda com a modelagem do negócio, com técnicas de apresentação, recursos de ensino superior, entre outros.
Aceleradoras
As aceleradoras têm uma metodologia mais complexa do que incubadoras, mas também são vistas como um tipo moderno de incubadoras. O processo para participar das aceleradoras é aberto, e estas procuram startups que precisam de um time para apoiá-los financeiramente, oferecer consultoria, treinamento e participação em eventos durante um período, que pode ser de três a oito meses. E como troca, as aceleradoras recebem uma participação acionária.
Equity Crowdfunding (Crowdfunding de investimentos)
O equity crowdfunding é um modelo de investimentos em startups e empresas inovadoras. Ele permite que um conjunto de investidores apliquem em empresas e em troca ganham participação nelas. Através deste modelo de investimentos, as startups podem captar recursos para financiar projetos por meio de um grupo de pessoas que acreditam em seu potencial de crescimento.
Venture Capital
É uma modalidade utilizada para apoiar negócios através de uma participação acionária, geralmente minoritária, para, após ter as ações valorizadas, sair da operação. O risco se dá pela aposta em empresas com elevado potencial de valorização, mas o retorno esperado é similar ao risco que os investidores correm. O valor costuma ser muito maior que um seed, na casa dos milhões.
Venture Building
Este modelo de investimentos mistura características das incubadoras, aceleradoras e venture capital. Fornece todo o planejamento estratégico, a captação de recursos financeiros e humanos e estrutura física. Uma Venture Building tem o objetivo de não apenas criar um produto, mas construir um negócio. Geralmente sua participação em uma startup é grande, chegando a até 80% da estrutura acionária na fase inicial.