Com infância humilde, empresário dribla dificuldade e hoje gera mais de R$ 8 bi em negócios

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A necessidade financeira trouxe a Marcio Kogut o tino empreendedor. Aos 14 anos, em Curitiba, ele catava legumes em terrenos vizinhos para vendê-los com preço mais atrativo na feira e garantir o dinheiro do sorvete, que os pais não tinham. Nessa fase despertou a vontade de criar e inventar algo sempre que surgiam as dificuldades.

Em paralelo, também crescia a paixão por eletrônica e computadores. E aos 17 anos fundou a primeira empresa especializada em vendas de computadores da cidade, tornando-o principal fornecedor. Mas foi quando Marcio chegou em São Paulo no final da década de 1990 que enxergou a oportunidade de unir a experiência da tecnologia – pois trabalhou também com vendas em e-commerce- e ajudar empresas iniciantes no mercado.

“Logo no começo quando cheguei em São Paulo, encerava carro em lava-rápidos e cheguei a dormir em hotéis na praça da Sé. Aí comecei a fabricar no fundo de uma garagem uma cera para cristalização de pinturas automotivas que vendia para lava-rápidos e depois tive a ideia de comprar uma revista na banca que ensinava a fazer sites, foi quando fiz o primeiro e-commerce para vender a cera online” , explica o empresário.

Nascia assim a Kogut eBusiness, empresa especializada em consultoria e inovação com referência em modelos de negócios online que atualmente conta com mais de R$ 8 bilhões em negócios gerados para seus clientes. Agora ele também está à frente da aceleradora 20Startups como mentor e investidor.

“Quando comecei a fazer sites, eu e meu irmão, atual sócio, criamos um projeto chamado eBonus, uma startup de cupons de descontos pelo celular. Nessa época o celular era preto e branco e nenhum investidor ou empresa de telefonia quis investir. Por não conseguirmos investidores, engavetamos a ideia e focamos em trabalhar prestando serviços para outras empresas através da Kogut eBusiness. Exatamente por ter passado por isso que hoje resolvemos criar o projeto da aceleradora 20Statups com o objetivo de investir e ajudar novos empreendedores”, completa Kogut.

De acordo com ele, o novo projeto tem foco em empresas de tecnologia e a aceleradora disponibilizará estrutura física, tecnológica como serviços compartilhados de marketing, governança, gestão estratégica e financeira para ajudar os empreendedores. “Além disso, os investimentos podem chegar até R$ 20 milhões através de nossos fundos parceiros, finaliza.

E o mercado dessas empresas é promissor. De acordo com o novo levantamento da Associação Brasileira de Startups (ABStartups), o número de empresas em estágio inicial no Brasil chegou a 4.151 ao final de dezembro de 2015, um crescimento de 18,5% em apenas seis meses.