Cibersegurança é uma das especialidades mais buscadas no mercado de trabalho, segundo LinkedIn

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O mercado de trabalho reflete a rápida evolução das ferramentas tecnológicas e a digitalização de processos. Em meio à explosão de dados na última década, a segurança digital tornou-se essencial para empresas de todos os portes e setores. Um levantamento recente do LinkedIn revela que entre os 25 cargos com crescimento mais acelerado nos últimos cinco anos, as profissões de Analista de Privacidade e Analista de Cibersegurança figuram na primeira e segunda posição, respectivamente.
 

Para Allan Costa, Co-CEO da ISH Tecnologia, principal referência nacional em cibersegurança, isso reforça a movimentação das companhias. “Seja pelas novas normas de regulamentação, ou pelo preocupante número de ataques noticiados no dia a dia, o cuidado com o manuseio e a segurança dos dados empresariais nunca foi tão alto – profissionais qualificados dificilmente ficarão muito tempo em busca de uma vaga.”
 

Segundo o instituto (ISC)², o Brasil possui uma defasagem de 441 mil profissionais de segurança cibernética. O estudo sugere que essa força de trabalho precisa crescer 65% para conseguir proteger as empresas do mundo. Para suprir esta demanda, a ISH criou o ISH Academy, programa que já formou duas turmas, com taxa de sucesso de 80%.
 

O levantamento do Linkedin aponta também, que São Paulo e Brasília são as duas cidades brasileiras que mais demandam esse tipo de profissional. “Isso ajuda a ilustrar o aquecimento de setor, que é altamente visado no maior centro financeiro da América Latina, bem como em nossa capital política. Ou seja, empresas de diferentes portes e órgãos governamentais necessitam deste perfil de profissional, indispensável no ecossistema de hoje”, analisa Costa.
 

A proliferação de ferramentas de Inteligência Artificial, assim como um crescimento na automação de tarefas e maquinário, cria em igual medida oportunidades e desafios para o setor. “Conforme permitido pela evolução tecnológica, a complexidade dos ataques disparados por criminosos também aumenta. Ao mesmo tempo em que isso representa a necessidade por essa mão de obra, em qualidade e quantidade, também permite usos inovadores que empresas e usuários podem utilizar para obterem diferenciais de mercado”, diz Costa.

No ranking, também podem ser encontrados cargos como Engenheiro de Segurança e Analista de Suporte de TI.
 

O Co-CEO da ISH destaca dicas para que os profissionais interessados na área de cibersegurança se destaquem na carreira:

  • Conhecimento técnico profundo – Aprofundar o conhecimento técnico é fundamental para entender as complexidades dos sistemas e das ameaças, permitindo a implementação de medidas eficazes de segurança cibernética;
  • Habilidades de análise e resolução de problemas – A capacidade de análise aguçada e resolução de problemas rápidas são cruciais para identificar, mitigar e prevenir incidentes de segurança, protegendo ativos críticos da organização;
  • Compreensão de políticas e conformidade – Uma sólida compreensão das políticas de segurança e regulamentações como LGPD e GDPR é essencial para garantir que a organização opere em conformidade, protegendo dados sensíveis e evitando consequências legais;
  • Habilidades de comunicação eficazes – A capacidade de comunicar claramente informações de segurança é vital para garantir uma compreensão abrangente de ameaças e soluções, promovendo uma cultura organizacional de conscientização e prevenção;
  • Atitude ética e consciência de segurança – Uma postura ética e a promoção da conscientização de segurança são essenciais para manter a integridade dos sistemas e a confiança dos usuários, construindo uma cultura organizacional resiliente e protegida contra ameaças;

“Para crescimento na carreira de segurança da informação é imprescindível combinar conhecimento técnico com habilidades interpessoais e estratégicas, refletindo a natureza multifacetada do trabalho em cibersegurança. Desenvolver essas competências ajudará a fortalecer a postura de segurança de uma organização e a enfrentar os desafios em constante evolução no cenário de ameaças digitais”, conclui Costa.