Há 26 anos, o CESAR – centro de inovação que forma pessoas e impulsiona organizações – atua com o programa de aceleração e mentoria para acelerar empresas e startups que possam contribuir com o desenvolvimento da sociedade. O Centro atua fortemente nos aspectos de validação da proposta de valor de mercado para desenvolver e entregar modelos que fazem a diferença. E os resultados têm sido muito positivos para o setor.
Um bom exemplo é a Neurotech, empresa de tecnologia especializada na criação de sistemas e soluções de inteligência artificial, machine learning e big data, adquirida pela B3 recentemente e que foi incubada pelo CESAR. Nascida no Centro de Informática da UFPE, ela é uma das referências do Porto Digital, em Recife, e possui atualmente mais de 320 funcionários, tendo receita líquida estimada entre R$120 e 150 milhões em 2023.
“A Neurotech é vanguarda desde o seu nascimento. Quando todos estavam começando a usar planilhas eletrônicas para avaliar risco em créditos, eles quebraram o mercado usando inteligência artificial e ciência de dados, nomes na época ainda desconhecidos da maioria. A aquisição pela B3 é uma coroação, um marco na jornada deste time engajado, resiliente e disciplinado de empreendedores”, diz Eduardo Peixoto, CEO do CESAR.
Outro case de orgulho para o Centro foi o projeto de aceleração desenvolvido com a Tallos, uma das maiores startups de atendimento digital no Brasil, adquirida recentemente pela RD, empresa integrante do grupo TOTVS, por R$ 6,7 milhões. Com data de fundação em 2017, ela foi outra empresa acelerada pelo CESAR. O projeto realizado com a Tallos demonstra a sinergia dos produtos oferecidos pelas startups e reforça a autonomia e capacidade de prover soluções para determinadas ocasiões, atendendo uma demanda atual do mercado.
CESAR quer seguir desenvolvendo startups
O crescimento das startups costuma ser marcado por rodadas de investimentos. Porém, é necessário ter programas que possam contribuir com o desenvolvimento e amadurecimento da empresa. Apesar de ser um cenário desafiador, as empresas em estágios iniciais podem criar relações com outras marcas e abraçar projetos que tenham como finalidade corresponder a reputação e reconhecimento do negócio.
No último ano, esse processo ganhou notoriedade e alavancou projetos que convergiram para entregar ao mercado aquilo que é esperado. “Constatamos que através dos modelos de mentorias que desenvolvemos com as empresas e startups ajudamos a sanar problemas relevantes, trazendo respostas inovadoras e soluções aderentes à resolução dos mesmos”, explica Augusto Galvão, Diretor Executivo do CESAR Labs.
Com intuito de prover o crescimento da capacidade brasileira de inovar, o CESAR tem em seus planos acelerar novas startups para evolução do país. “Queremos fazer com que a régua da inovação e do empreendedorismo suba cada vez mais. Com isso, vamos conseguir entregar ao mercado negócios promissores e escaláveis que possam gerar resultados significativos”, comenta Galvão. Inicialmente, o programa de aceleração se designava apenas a empresas do Recife, mas com o passar do tempo, o CESAR ampliou o contexto e tornou o processo acessível a todo e qualquer negócio promissor, independente de onde ele esteja.
Visando impulsionar novos negócios, o CESAR buscou startups de diversos segmentos para desenvolver e conquistar o mesmo patamar apresentado por Neurotech e Tallos. Com a aplicação do programa para esta última, o centro de inovação contribuiu, também, com a notoriedade da Fusion, startup que desenvolveu uma solução de roteirização, visando proporcionar às empresas uma redução expressiva dos seus custos logísticos. “Entendemos que antes de mergulhar em águas mais profundas, é fundamental validar o mercado de cada negócio e entregar algo diferente, inovador. No momento, por exemplo, estamos com um olhar especial para as startups que buscam gerar impactos socioambientais em linha com as práticas de ESG”, ressalta o especialista.