A atividade do Airbnb na cidade do Rio de Janeiro em 2016 respondeu por R$ 956 milhões do PIB do município, segundo estudo inédito da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) sobre impacto socioeconômico local da plataforma. Esse valor equivale a 29,5 mil novos empregos na cidade.
A pesquisa leva em conta o incremento da renda das famílias que alugaram seus quartos ou imóveis pela plataforma e todos os efeitos diretos, indiretos e induzidos na economia do município. Para o cálculo do número de empregos é considerado o salário médio de um trabalhador em cada setor da economia afetado no Rio. A pesquisa também mostrou que:
– Cada R$1 gasto com aluguel de quartos e imóveis do Airbnb no Rio acrescentou R$3,05 ao PIB da cidade no ano passado.
– Os principais setores beneficiados foram alimentação, comércio varejista, atividades artísticas, criativas e de espetáculos e o setor de transportes.
– Os viajantes do Airbnb contribuíram com R$ 100 milhões a mais no PIB do Rio de Janeiro do que se tivessem se hospedado em hotéis, flats, resorts ou pousadas da cidade.
– O dado reflete o perfil de usuários do Airbnb, que vivenciam os destinos visitados como um morador e acabam consumindo nos comércios do bairro onde ficam, em vez de concentrarem o consumo dentro dos próprios estabelecimentos comerciais onde se hospedam.
O Airbnb é uma atividade legal e regulamentado pela Lei do Inquilinato, que dispõe sobre aluguel de temporada. Qualquer pessoa interessada em obter uma renda extra alugando um quarto ou imóvel inteiro pode se cadastrar na plataforma e 97% do valor anunciado fica diretamente com o anfitrião.
É a primeira vez que a Fipe analisa o impacto socioeconômico do Airbnb no Brasil, com base em dados da empresa sobre as operações no País, levantamentos anteriores do instituto sobre o turismo brasileiro e números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Núcleo de Economia Regional e Urbana da USP (Nereus/ USP).