Por James Honey, gerente de marketing de produto sênior da SolarWinds
Quando se trata de determinar a melhor forma de armazenar enormes quantidades de dados empresariais confidenciais gerados diariamente, as organizações se deparam com duas opções: (aquilo que pode ser considerado o método tradicional) sistemas de armazenamento nas próprias instalações ou uma solução externa hospedada por provedores de computação na nuvem. Embora muitas empresas continuem investindo em armazenamento local, o armazenamento baseado na nuvem está começando a se tornar uma opção potencial para algumas. De fato, espera-se que 36% de todos os dados sejam armazenados na nuvem até 2016, um crescimento da parcela de apenas 7% em 2013. Obviamente, apesar de o armazenamento em nuvem parecer uma opção intrigante, existem pontos positivos e negativos associados a cada método, desde custo e controle até segurança.
Acima de tudo, as organizações precisam entender que não existe uma solução que atenda a todos os casos. Em vez disso, é basicamente uma questão de identificar um método — local ou baseado na nuvem — que ofereça a melhor opção para uma organização com base em necessidades individuais. Existem três fatores importantes a serem considerados ao avaliar qual opção é a melhor para uma organização.
Controle e gerenciamento de dados
Controle e gerenciamento são os primeiros fatores importantes que devem ser considerados. Para as organizações que desejam ou precisam de mais controle sobre seu armazenamento, a infraestrutura local oferece uma variedade de opções englobando nível de serviço e graus de proteção de dados. Oferecer maior suporte à replicação de sistemas de arquivos, camadas de dados, capturas de tela, recursos de backup e hardware físico é geralmente ideal para organizações que procuram otimizar o desempenho para diferentes tipos de aplicativos e dados dentro de um único sistema. Além disso, ela oferece maior capacidade de gerenciar e ajustar o desempenho diretamente como parte da pilha de aplicativos coletivos, ou AppStack, que consiste na infraestrutura subjacente necessária para garantir um desempenho ideal de aplicativos. O hardware no local também proporciona às organizações um gerenciamento de segurança e conformidade de dados mais direto, ao passo que alguns provedores de nuvem podem não ter o nível de privacidade necessário para atender aos regulamentos de dados específicos.
Em comparação, as empresas que optam por utilizar os serviços de um provedor de nuvem, tal como o Amazon Web Services, devem aceitar os termos estipulados no contrato de nível de serviço (SLA). Elas não têm que gerenciar com tanto nível de detalhes, mas também não têm o mesmo nível de controle. Se o SLA inicial, que inclui detalhes como a percentagem de tempo que os serviços estarão disponíveis, o número de usuários que podem ser atendidos simultaneamente e os parâmetros de desempenho, acabarem se tornando inadequados, as organizações deverão migrar para a camada mais alta (e mais dispendiosa) de armazenamento para obter serviços e recursos adicionais.
Apesar disso, para algumas, o armazenamento em nuvem ainda pode oferecer uma alternativa valiosa a hardware físico como, por exemplo, para empresas de pequeno a médio porte com um orçamento de TI limitado e com funcionários que podem achar que o gerenciamento de dados incorporados em armazenamento de nuvem é altamente econômico, apesar do SLA. Além disso, empresas de maior porte que executam aplicativos baseados na nuvem podem optar por implantar armazenamento na nuvem para garantir maior disponibilidade (veja a seguir).
Disponibilidade e latência
A capacidade de armazenar e acessar dados a qualquer momento é um componente crítico das soluções de armazenamento de dados e exerce grande influência sobre a escolha do que é ideal para uma organização: armazenamento local ou na nuvem. Embora uma alternativa relativamente nova à armazenamento local, a disponibilidade de armazenamento na nuvem pode quase sempre exceder a disponibilidade de um ambiente tradicional, porque os sistemas que acessam os dados normalmente não têm um ponto único de falha e podem ser facilmente acessados de vários locais.
Contudo, um desafio inerente ao armazenamento na nuvem é a latência, que é difícil de ser reduzida sem garantir que os dados sejam armazenados em um local físico mais próximo, talvez optando por um provedor de serviços em nuvem que tenha um datacenter próximo a um centro de operações da empresa. Os profissionais de TI que gerenciam o armazenamento para as organizações com aplicativos instalados no local, onde a latência ou uma incapacidade de acessar dados for um problema grave, deverão levar em conta essas desvantagens potenciais da nuvem.
Por outro lado, a infraestrutura local pode ser configurada para alta disponibilidade, embora muitas vezes isso seja muito caro. Mesmo assim, ele pode oferecer às organizações um armazenamento rápido com o suporte de um sistema de redes de armazenamento, tornando adequada a solução de armazenamento no local para várias cargas de trabalho diferentes que exigem alto desempenho, armazenamento de baixa latência, tais como virtualização de servidor e desktop ou aplicativos de bancos de dados.
Economia de custo (ou não)
Muitas empresas continuam investindo em hardware físico, mas cada vez mais, especialmente à medida que os custos de largura de banda caem, a nuvem está se tornando atrativa. Com armazenamento baseado na nuvem, uma organização pode comprar apenas a quantidade de armazenamento necessária e pagar uma tarifa mensal por esse armazenamento, em vez de ter que comprar um dispositivo físico caro que pode acarretar um custo inicial alto de capital, sem contar o custo adicional de alocação de espaço e energia. Esta capacidade de “expandir conforme a necessidade” também pode ajudar as empresas que buscam reduzir os custos iniciais. Se isso pode ser evitado, por que comprar uma solução dispendiosa de 20 terabytes quando a empresa precisa apenas da metade desse armazenamento no momento, mesmo que a expansão no futuro possa exigir isso em determinado ponto?
Todavia, as organizações devem estar cientes de que ao mesmo tempo que as soluções hospedadas na nuvem reduzem as despesas de capital, geralmente há uma parcela de custos ocultos, por provedor e SLA, é claro, que podem aumentar os custos operacionais. Os custos de provedor por gigabyte de armazenamento, por solicitação e a cada transferência de dados de e para a nuvem podem aumentar rapidamente, resultando em uma economia geral de orçamento menor do que muitas organizações esperam. Para determinar de forma eficaz se a computação em nuvem é uma alternativa econômica às soluções físicas, as empresas devem realizar auditoria suficiente com relação às estruturas de preços em SLAs para que não haja nenhum custo suplementar que as surpreendam.
Então, o que é melhor?
Realmente não se trata de qual método é o melhor, mas de qual método atende melhor às necessidades de uma organização. Se uma empresa precisa de disponibilidade, proteção, desempenho e conformidade de armazenamento, considerando um orçamento de TI, haverá uma necessidade para ambas as soluções de armazenamento: no local e na nuvem. Os profissionais de TI avaliam ambas as opções considerando as necessidades diárias específicas da empresa antes de determinarem se devem armazenar seus dados no local ou movê-los para a nuvem.