Após três anos consecutivos de queda, o Indicador de Nível de Atividade (INA) da indústria paulista fechou 2017 com avanço de 3,5%, impulsionado pelo total de vendas reais, que subiram 7,1% no período, estimuladas pelo aumento da produção física da indústria paulista, que segundo estimativa da FIESP e do CIESP é de uma provável alta de 3,3% nesse período. Por outro lado, a variável de horas trabalhadas na produção caiu -2%, na série sem ajuste sazonal e o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) apresentou alta modesta de 0,2p.p. no ano, sinalizando que o aumento da atividade ocorreu em razão do aumento de produtividade do trabalho na indústria de transformação. Os dados acumulados em 12 meses até novembro para a indústria paulista são de aumento de 4,7%, acima da média da série histórica iniciada em 2003, que é de 2,1%.
Nos fechamentos de 2014, 2015 e 2016, o recuo do INA foi de -6%, -6,2% e -8,9%, respectivamente. Nesse período, o indicador acumulou perda de cerca de 20%. Na análise mensal, houve queda de -4,2% em novembro e de -13,9% em dezembro. Já na série com ajuste, o resultado para novembro e dezembro ficou positivo em 0,5% e 1,4%, nessa ordem. Os resultados foram divulgados nesta quarta-feira, 31, pela Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp).
De acordo com o segundo vice-presidente da Fiesp, José Ricardo Roriz Coelho, juros baixos e inflação estável devem impulsionar a retomada da economia. “A economia tem apresentado melhoras e os dados do INA confirmam essa análise. O indicador apontou que tivemos um grande aumento de produtividade ao longo de 2017, o que deve ser mantido em 2018”, destaca Roriz.
A variação do INA ficou positiva em 9 dos 20 setores acompanhados em 2017. O INA acompanha o total de vendas reais, as horas trabalhadas na produção e a utilização da capacidade instalada (NUCI) da indústria de transformação paulista, que subiram 2,6%, 0,2% e 0,1 p.p., na série com ajuste sazonal em dezembro.
Entre os setores de destaque está o de metalurgia básica, que teve crescimento de 5,3% no ano, sem ajuste sazonal. As horas trabalhadas na produção caíram 3,4%, mas o total de vendas reais e o NUCI avançaram 9,1% 4 p.p., respectivamente.
O INA de artigos de borracha e plástico subiu 3,1% no ano, puxado pelo avanço de horas trabalhadas na produção, que avançou 3,7%, seguida do total de vendas reais, que cresceram 4,6% e do NUCI que teve leve crescimento de 0,1 p.p., respectivamente.
Sensor
A pesquisa Sensor do mês de janeiro segue pelo décimo segundo mês consecutivo acima dos 50 pontos ao fechar em 54,5 pontos, na série livre de influências sazonais, contra 55,5 pontos de dezembro. Leituras acima de 50 pontos sinalizam expectativa de aumento da atividade industrial para o mês. Já a variável de vendas recuou 4,4 pontos, saindo de 58,7 pontos para 54,3 pontos.
No item condições de mercado, o indicador foi de 63,5 pontos em dezembro para 58,6 pontos em janeiro, queda de -4,9. Acima dos 50,0 pontos, indica melhora das condições de mercado. Já o indicador de emprego avançou 0,3 pontos, para 52,8 pontos, ante os 52,5 pontos de dezembro. Resultados acima dos 50,0 pontos indicam expectativa de admissões para o mês.
O nível de estoque também avançou. Foi de 48,9 pontos em dezembro para 52,6 pontos em janeiro. Leituras superiores a 50,0 pontos indicam estoque abaixo do desejável, ao passo que inferiores indicam sobrestoque.