A ABRINT, Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações, e seus cerca de 600 associados receberam positivamente o lançamento do plano Brasil Inteligente, a nova fase do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL), anunciado nesta segunda-feira pelo Ministério das Comunicações. A criação de um fundo de aval partiu de uma iniciativa da ABRINT, que tem trabalhado junto a provedores regionais de todo o Brasil para levar a conexão de alta velocidade a diversas regiões.
A iniciativa inclui um fundo de aval desatinado à universalização do acesso à internet e ao aumento da velocidade média da banda larga fixa no Brasil, principalmente nas regiões mais carentes da tecnologia. O objetivo é garantir o acesso à banda larga de alta velocidade para 95% da população e levar a fibra óptica para 70% dos municípios, até 2018.
“Esse anúncio é uma grande conquista para a ABRINT e todos os provedores regionais do Brasil. Os investimentos dos provedores em fibra são crescentes, seja na rede de acesso ou de transporte. De acordo com dados do nosso último estudo, 216 novos municípios devem receber rede de transporte em fibra ótica até 2017 e esse apoio será essencial para atingirmos essa meta”, declara Erich Rodrigues, Presidente da ABRINT.
De acordo com um levantamento da associação, 1.284 municípios com menos de 100 mil habitantes foram beneficiados pela banda larga durante o ano de 2014, tendo acesso ao chamado triple play (TV, telefone e internet no mesmo pacote). Esses dados, que demonstram o cenário da inclusão digital no país, foram essenciais para a aprovação do fundo.
Como parte da estruturação do fundo de aval e da justificativa para investimentos deste porte, foram utilizados outros números do estudo, como o de 54% dos municípios brasileiros que são atendidos por redes de transporte. Esse tipo de informação foi um diferencial importante na avaliação feita pelo Governo, o Ministério das Comunicações e todo o setor a respeito do atual cenário da banda larga no Brasil, com objetivo de direcionar os investimentos e incentivos aos municípios, de fato, mais carentes.
Atualmente, há cerca de 2,2 mil provedores regionais ativos no país e praticamente todos os municípios têm ao menos um deles levando fibra ótica e fazendo cabeamento nas regiões mais remotas. É um mercado de extrema importância que precisa ser incluído digitalmente, com acesso a banda larga.
“Os provedores regionais têm um papel essencial nos investimentos para gerar a inclusão digital em todas as áreas do Brasil, que também precisam de uma internet rápida e de boa qualidade. O país não se desenvolverá integralmente se não houver universalização da banda larga e esse processo de inclusão passa, obrigatoriamente, pelos provedores regionais”, conclui Erich Rodrigues.