A retomada vem aí: como tornar o RH uma área ainda mais ativa e estratégica?

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Por Izabel Branco, vice-presidente de Relações Humanas da TOTVS
 

O avanço da vacinação e os resultados da imunização em massa já nos fazem vislumbrar pouco a pouco o restabelecimento da vida cotidiana e profissional – é claro, com cuidados redobrados, novas dinâmicas de trabalho e um novo convívio social. É nesse momento que nós, profissionais de RH, precisamos reunir todas as nossas experiências e conhecimentos para estabelecer padrões eficientes para o retorno dos colaboradores ao trabalho presencial.

Após esses dois anos de home office, imposto pela situação emergencial, o modelo híbrido de trabalho tem vez e é o que mais aparece entre as empresas. E em meio a esse novo cenário e período de readaptação temos uma palavra-chave: flexibilidade.
 

É importante que os profissionais de RH criem diálogos com os gestores e líderes, a fim de entender quais são as necessidades práticas de cada área. Após esse alinhamento inicial, ouvir os demais colaboradores por meio de pesquisas ou rodas de conversas para entender quais são expectativas e angústias também se torna essencial. Aqui é preciso que haja uma escuta ativa e empática de todas as partes para desenhar um plano que procure atender os colaboradores e as necessidades da corporação.
 

Nessa perspectiva e sabendo o quanto os últimos anos afetaram psicologicamente e fisicamente a todos nós, manter ou criar programas de apoio emocional e de bem-estar aos colaboradores ganha um valor ainda maior. Linhas telefônicas ou chats digitais para ouvir de forma anônima (ou não) os colaboradores em situações delicadas, seja em decorrência de problemas profissionais ou pessoais, são diferenciais para manter o profissional em um ambiente de segurança, onde se sinta acolhido e amparado.
 

Outra agenda que precisa ser revisitada pelo RH são as iniciativas de diversidade e inclusão. O momento de escrever cartilhas e comunicados sobre esses temas já passou. É hora de implementar políticas e atividades práticas que façam com que todas as equipes incorporem ações inclusivas em suas rotinas. Treinamentos, criação de comitês e, inclusive, a adoção de ferramentas de tecnologia para análises e revisões comportamentais de forma neutra, não-enviesada, são opções a serem consideradas nas rotinas empresariais.
 

Segundo o Guia Salarial 2022, elaborado pela Robert Half, as empresas que adotam iniciativas de inclusão, equidade e diversidade no trabalho notaram na prática: melhora na produtividade (41%), impacto positivo na cultura da empresa (38%), maior atração e retenção de talentos (37%), ambientes mais criativos e inovadores (34%) e atração de investidores (30%). Os dados reforçam o quanto esses projetos farão com que as companhias e os seus colaboradores cresçam em um ambiente mais sociável e saudável.
 

As empresas também podem (e devem) se dedicar a processos seletivos e programas de recrutamento e atração mais diversos e amplos, gerando assim oportunidades àqueles que estão buscando por melhores empregos e crescimento profissional. Nesse sentido, investir em universidades corporativas e iniciativas de capacitação internas também auxiliam no desenvolvimento profissional dos colaboradores e sua consequente retenção. Além desses profissionais ficarem ainda mais habilitados ao trabalho dentro da sua companhia, eles também reconhecem a qualificação para o mercado como um todo.
 

O ano está apenas começando e teremos uma série de acontecimentos, sejam eles externos, desdobramentos do mundo, ou internos, que variam de empresa para empresa. Por isso, é ainda mais importante que as companhias entendam o valor de cada colaborador e da sua atividade para planejar e proporcionar ambientes que façam aquele profissional se desenvolver e buscar por uma carreira sólida e feliz.