Por Nilton Hayashi, Head of Business Operations da Fujitsu do Brasil
Na virada do milênio, os céticos disseram que a conectividade nunca seria confiável o suficiente para sustentar aplicativos em nuvem. Mas, mesmo com desafios críticos e limitações da infraestrutura de banda larga, a mudança começou.
Muitas empresas, utilizam atualmente um modelo 100% em nuvem. No entanto, esta proporção é relativamente baixa, já que apenas 26% migraram aplicações críticas de seu core business depois de duas décadas de forte impulsionamento do mercado que instigou as migrações, de acordo com o estudo Unlocking the Secrets of the Hybrid Cloud Leaders, baseado em pesquisa global entre 300 entrevistados conduzida pela Longitude, uma empresa do Financial Times,, encomendada pela Fujitsu no primeiro semestre de 2022. Já a combinação de nuvem pública e privada, implantada por 33% das empresas, é o que chamamos de nuvem híbrida. Quando se alia uma estratégia de nuvem híbrida a resultados específicos de negócios, é mais provável que o projeto dê certo.
É preciso colocar a TI como centro do negócio e, para isso, é essencial o protagonismo dos líderes de tecnologia. Uma estratégia desinformada pelos insights da TI sobre possibilidades e armadilhas digitais pode trazer graves consequências ao negócio.
Manter uma infraestrutura local é uma escolha legítima. Primeiramente por regulamentações e conformidade com leis de privacidade de dados, que determinam que informações sensíveis de usuários sejam hospedadas dentro da jurisdição do regulador vigente. Além disso, ainda existe latência na transmissão de pacotes de dados, o que pode prejudicar aplicações vitais.
No último trimestre, um estudo do Gartner prevê que 60% dos líderes de infraestrutura digital e operações sofrerão com excessos de custos de migração em nuvem nos próximos três anos. Ou seja, para que uma estratégia de cloud híbrida seja bem-sucedida, ela deve estar estreitamente alinhada com objetivos de negócios mais amplos.
De acordo com estudo da Fujitsu, cerca de 25% das 300 empresas globais não se conformavam com as melhores práticas nesse sentido, deixando-as expostas a um maior risco de desempenho abaixo do padrão. No entanto, no mesmo relatório, 33% da amostra possui uma estratégia coesa que se concentra na construção de capacidades em pilares fundamentais do sucesso da nuvem híbrida. Mas o que tem na agenda de transformação de negócios? A pesquisa descobriu que as principais prioridades das organizações são inovar e criar experiências digitais eficientes, melhorar a velocidade e aumentar a receita das tecnologias emergentes.
É importante que os CIOs estejam sempre à frente do desenvolvimento tecnológico. Isso faz uma enorme diferença, especificamente na área de nuvem híbrida. Eles precisam entender os detalhes de como as coisas devem ser feitas neste espaço, para poder dar a direção certa à equipe sobre como seguir em frente. Não pode ser um esforço isolado.