Por Andreas Naumann, Especialista em Fraudes da adjust
A fraude por cliques em anúncios é um problema de bilhões de dólares. Muito do tempo,
dinheiro e recursos das empresas são gastos na tentativa de resolver uma campanha
comprometida. Por isso, é cada vez mais importante que todos que lidam com o mercado
digital e mobile tenham um time de marketing com capacidade para lidar com as fraudes. Mais
do que isso, é necessário que esse time conheça o leque de ferramentas que pode usar nessa
guerra.
Aqui está nossa recomendação com 5 tipos de ferramentas que podem ser incluidas no seu dia
a dia e no da sua empresa.
1) Treinamentos (tanto dentro da empresa quanto enviando seu time para fora)
Quanto seu time sabe a respeito dos tipos de fraude que existem nos dias de hoje? Eles estão
cientes das melhores práticas para identificá-las? Talvez seja a hora de pensar em elevar o
nível de conhecimento deles – não somente em fraude, mas também sobre as melhores
práticas de marketing mobile em geral.
Com fraudadores ficando cada vez mais experientes em burlar as campanhas, é fácil ficar para
trás e perder um entendimento sólido dos melhores KPI’s e o que é, de fato, um bom
benchmark em cada cenário. Envie seu time para conferências, faça um workshop de
treinamento, e divida conhecimento sobre marketing mobile.
2) Ferramentas para capturar conjuntos de dados dentro da sua própria plataforma de
Business Intelligence (BI)
Colocar uma campanha de mobile marketing no ar é uma tarefa bastante complexa, por isso
mesmo, existe uma gama variada de peças e dados dentro do ecossistema que podem ajudar
você a rastrear fraudes em sua campanha. O problema é que cada pessoa envolvida na
campanha tem um tipo de permissão e acesso aos dados dentro da cadeia de valor.
Isso acontece por diferentes razões, que vão desde regulamentação de privacidade até
medidas internas de segurança da empresa. Por exemplo, se um funcionário do marketing é a
primeira parte da cadeia, ele poderá ter acesso ao banco de dados com informações bem
detalhadas.
Mas um funcionário da parte de mobile ads, que está na terceira parte do ecossistema, terá
apenas o target e a ferramenta de postagem à sua disposição. Já as plataformas de atribuição
(como a adjust) ficam no meio do caminho, com um pouco de cada tipo de permissão.
Somente aqueles que estão na primeira parte da cadeia tem a permissão para coletar essas
informações e ter um ponto de vista macro e completo da situação. Por isso, é necessário que
eles tenham à mão algum tipo de plataforma de BI criada internamente ou mesmo licenciada. A
maioria dos sistemas irá permitir que ele exporte esses dados e os divida com mais pessoas de
maneira segura. Isso também será útil para o próximo ponto da nossa lista.
3) Ferramentas que barram fraudadores de forma ativa
Depois de coletar informações de diferentes fontes e gerar conclusões com elas, as
ferramentas de prevenção de fraude podem entrar no jogo de maneira otimizada. Um dos
principais pré-requisitos das soluções em prevenção de fraude é a capacidade de barrar
campanhas de forma direta e ágil. Isso é importante para impedir que os fraudadores
continuem recebendo o dinheiro da campanha ao serem identificados.
Ainda pior do que prejudicar uma campanha ativa, se as conversões fraudulentas passam
pelos seus sistemas, vão acabar afetando seu time na hora de concluir sobre o tráfego de
todas as campanhas. É uma tarefa árdua e primordial limpar esses sistemas de dados de
maneira retroativa.
É necessário aplicar esses filtros antes que os dados sejam encaminhados para outras partes,
como um sistema de BI interno. Isso pode ser feito com uma plataforma de atribuição, ou
através de um intermediário.
4) Ferramentas que enviam metadados para endereços de IP
Similar aos sistemas de prevenção de fraudes, as empresas deveriam ter algum tipo de banco
de dados de IP, que envia metadados para endereços ao longo de vários pontos da cadeia de
valor. Isso é importante porque permite combinar os dados do IP para confirmar a validade
deles. A validação dos endereços de IP é talvez a forma mais fácil e forte de confirmar se o
tráfego não está vindo de uma fonte suspeita (como um centro de dados ou uma saída de Tor),
além de checar se o tráfego não está vindo dos pontos geográficos diferentes daqueles você
planejou.
5) Ferramentas que calculam KPI’s específicos e fontes de tráfego
Por fim, as empresas devem ter um banco de dados com um bom front end (talvez até
construído internamente). Esse banco seria capaz de dar KPI’s para tráfego, além de permitir
que o time comparasse benchmarks. Idealmente, essa ferramenta também permitiria que você
importasse e gerenciasse dados brutos de diferentes fontes, para possibilitar pesquisas e
comparações no caso de mitigação de fraude.
Conclusão:
Devido à complexidade do ecossistema dos anúncios mobile e o crescimento das fraudes, listar
essas 5 ferramentas se torna um importante primeiro passo. Esperamos que com elas, você
consiga visualizar a chave para construir uma infraestrutura capaz de prevenir e evitar
problemas com fraudes. Muitas empresas acabam focando somente na parte de atribuição –
tentando descobrir de onde o trafego de anúncios vem – mas essa é somente uma parte do
jogo.
As plataformas de atribuição vão permitir que você compare diferentes fontes, e acompanhe
seu funil de conversões, mas as fraudes podem sempre tomar diferentes formas, então é
importante estar atento e atualizado. As dicas e ferramentas que estamos recomendando aqui
podem ser usadas imediatamente por times que estão buscando certa autonomia e capacidade
de resolver problemas causado por fraudes.