Vendas despencam em todos os setores e regiões paulistas em fevereiro, informa Associação Comercial de SP

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Pesquisa ACVarejo, da Associação Comercial de SP, mostra que segmentos mais atingidos foram concessionárias de veículos (-26,2%), autopeças/acessórios (-24,5%) e lojas de material de construção (-21,2%); os que perderam menos foram farmácias/perfumarias (-7,5%) e supermercados (-7,5%)

São Paulo, 28 de abril de 2015. A pesquisa ACVarejo, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), revela que o mês de fevereiro de 2015 foi marcado por fortes quedas nos volumes de vendas no varejo em todos os setores econômicos ante igual período de 2014. O mais atingido foi o de concessionárias de veículos (-26,2%), seguido por autopeças/acessórios (-24,5%) e lojas de material de construção (-21,2%). Os três segmentos também estiveram entre os que apresentaram os piores desempenhos nos últimos 12 meses.

As informações são do Boletim nº 10 da pesquisa ACVarejo, elaborada pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal/ACSP com base em informações de faturamento do varejo enviadas pela Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo.

Os setores que perderam menos em fevereiro de 2015, no que se refere às vendas físicas, foram farmácias/perfumarias (-7,5%) e supermercados (-7,5%). Esses mesmos segmentos foram, inclusive, os poucos que tiveram saldos positivos em janeiro e que se saíram melhor quando se analisam os últimos 12 meses (ver tabela anexa, com desempenho de cada setor).

“Os resultados foram bastante influenciados pelo menor número de dias úteis em fevereiro de 2015, devido ao feriado de Carnaval, que em 2014 caiu em março”, explica Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).

“Os dados acumulados em 12 meses, já livres da influência do ‘efeito- Carnaval`, indicam que continua a tendência à desaceleração das vendas do varejo, mais fortemente notada nos bens mais caros e dependentes do crédito, que são automóveis, eletroeletrônicos e material de construção – este último sofre inclusive os efeitos do arrefecimento da demanda por imóveis”, aponta Burti. Ele complementa que o menor crescimento da renda, a maior inflação, o aumento de tarifas e o arrefecimento do emprego e do crédito reduziram a confiança e, portanto, a intenção de compra dos brasileiros. “O consumidor passou a privilegiar as compras de itens imprescindíveis como medicamentos e alimentos”, completa Burti.

Estado e capital

O Boletim nº 10 da pesquisa ACVarejo também informa que, em fevereiro, os resultados dos volumes de vendas no varejo ampliado (que inclui automóveis e lojas de material de construção) no Estado e na capital ficaram no vermelho sobre o mesmo período de 2014, com quedas de 14,9% e de 17,6%, respectivamente.

Vendas Varejo Ampliado Regiões

Nenhuma região paulista apresentou saldo positivo no volume de vendas. A região que mais sofreu foi a de Araçatuba (-19,6%), seguida por Marília (-19,2%) e litoral (-18,1%). Já as regiões que registraram as quedas menos acentuadas foram Alto Tietê (-0,8%), Jundiaí (-7,4%) e Vale do Paraíba (-9,4%).

Faturamento Varejo Ampliado Regiões

O faturamento do varejo ampliado só foi positivo em duas regiões: Alto Tietê (+6,9%) e Jundiaí (+0,3%). As maiores perdas foram: Araçatuba (-11,9%), Marília (-11,5%) e Litoral (-10,4%).