A Velvet, plataforma para a compra e venda de ativos ilíquidos focada em Late-Stage Venture Capital em mercados emergentes, acaba de captar R$1,05 bilhão (U$200 milhões). Os recursos, disponibilizados por fundos que já investem na fintech, serão utilizados como capital para investimentos (warehousing) para compra de participações detidas por ex-colaboradores de startups que buscam liquidez para se tornarem empreendedores.
Com os recursos, a Velvet pretende investir em cerca de 40 startups ao redor do globo ao longo dos próximos 12 meses e, assim, atuar como um motor para o empreendedorismo no Brasil e em outros mercados emergentes. O foco são startups de tecnologia, das quais 20 estão localizadas na América Latina, 10 na Índia, oito no Sudeste Asiático e cinco na África.
“Vemos as startups ficando privadas por cada vez mais tempo, com o IPO (Inicial Public Offering) a cada dia mais distante, e não parece justo que tanto talento fique preso a promessas de liquidez de longo prazo enquanto, na outra ponta, há um volume expressivo de investidores buscando participar dessas empresas”, diz Edouard de Montmort, co-founder da Velvet.
O investimento da Velvet tem como foco empresas com valuation acima de US$500 milhões e que já receberam aportes de grandes fundos de Venture Capital. Os tickets médios variam entre R$25 milhões e R$50 milhões (US$5 milhões e US$10 milhões), considerando blocos de controladores que podem variar entre 10 e 100 pessoas.
“Os operadores de hoje serão os founders de amanhã. Veremos nos próximos anos uma nova safra de startups fundadas por colaboradores de atuais empresas em estágio avançado que conseguiram liquidar suas stock options e realizar o sonho de se tornarem empreendedores de sucesso”, diz Montmort.
A compra de participações de funcionários e ex-funcionários de empresas com stock options, e a liquidez que é dada aos futuros/as founders, movimenta e cria um mercado secundário, viabilizando ainda mais oportunidades àqueles que querem empreender em mercados emergentes, de forma rápida e segura.
“Com esse capital de warehousing dos nossos investidores vamos conseguir atuar rapidamente e desbloquear a tão necessária liquidez que talentos buscam para tomarem a decisão de empreender. Nossa ambição é ser o maior player do mercado secundário de Late -stage VC na América Latina, Índia, África e Sudeste Asiático”, afirma Carlos Naupari, co-founder da Velvet.
Recentemente, a Velvet adquiriu participações que somam mais de R$165 milhões em startups como Nuvemshop (ARG), Credijusto (MEX), e Open (India). Desde então, a empresa trabalha de perto com os founders de startups para organizar as ofertas secundárias e tender offers e lançará, ainda em 2022, um produto tecnológico dedicado a essa ferramenta de retenção de talentos.