Treinamentos disruptivos ganham espaço no mundo corporativo

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Em vez de palestras e debates em grupos, ‘brincadeiras’ com blocos de montar, meditação e até um miniteatro com personagens Disney estão sendo usados nas empresas para treinar suas equipes. São os chamados treinamentos disruptivos, que vêm ganhando terreno no mundo corporativo.

De acordo com Janaína Rost, head da TackTMI, empresa de treinamento corporativo da multinacional de recursos humanos Gi Group, a adesão a estas novas técnicas vem crescendo no Brasil. “Nos últimos dois anos, a demanda por treinamentos do gênero aqui na TackTMI cresceu 60%”, diz.

A profissional destaca que o aprendizado do adulto ocorre muito pelas experiências e vivências, e esta conexão aumenta o seu engajamento. Além disso, hoje há consenso no ‘compartilhar’ para o conhecimento. Assim, estes métodos acabam oferecendo maior garantia sobre o ROI (Retorno do Investimento) e o RE (Retorno sobre a Expectativa) nas empresas.

Por isso, diferentemente dos treinamentos convencionais, os disruptivos não visam transmitir conhecimento e informações técnica. A modalidade trabalha a inteligência emocional, o potencial criativo e a empatia entre os colegas de equipe.

Segundo Janaína, as empresas que estão em busca de inovação, que estimulam suas equipes a pensar ‘fora da caixa’, buscando novas formas de fazer/resolver velhos problemas, são as que mais procuram por este tipo de treinamento. “É o caso, por exemplo, das fintechs, agências de propaganda e indústrias que passam por algum processo de ‘change management’”, explica.

A TackTMI oferece três modelos de workshops que alinham conteúdo e métodos disruptivos, são indicados para todos os níveis hierárquicos da organização e podem ser aplicados em grupos que variam de 10 a 100 pessoas:

Mindfulness – tem como base a meditação consciente e envolve técnicas de concentração para a autoconsciência e autorregulação dos pensamentos, comportamentos e emoções. Entre os benefícios estão o aumento do desempenho intelectual e potencial criativo, autoconfiança e manejo do estresse. É aplicável para desenvolver empatia, comunicação, relacionamento, além de organização e produtividade.

Poder de Encantar – O formato utiliza técnicas, padrões e inspirações do mundo Disney, com conteúdo normalmente usado para engajar os colaboradores da sua megaestrutura de entretenimento. O método visa estimular a integração e o trabalho em equipe, desperta a conscientização da importância do cuidado, zelo e superação nas funções e possibilita o encontro de soluções para desafios e problemas reais quando ao assunto é excelência em atendimento, serviço e qualidade.

Lego Serious Play – Consiste no uso dos blocos montáveis de brinquedo para estimular o raciocínio, a comunicação, resolução de problemas e tomada de decisões de maneira divertida. Divididos de forma individual e depois em grupos, os participantes utilizam as peças para materializar e construir ideias para organização, melhoria e soluções para uma situação/desafio de negócio. É ideal para busca de soluções com aplicações de estratégias em tempo real, porque aproveita a capacidade que o ser humano possui de imaginar, descrever e compreender uma situação presente, assim poderá iniciar mudanças, propor melhorias e, inclusive, criar algo radicalmente novo.

Janaína destaca ainda que, além de otimização da produtividade, resultados apresentados por empresas que já treinaram suas equipes com métodos disruptivos mostram melhoria real de reuniões sem foco, redução de custos operacionais, mais rapidez nas tomadas de decisão e, por vezes, reestruturação de práticas e processos.