Por Eugênio Mrozinski Neto, Diretor de Vendas Enterprise da Hughes do Brasil
É consenso que, para se destacar no mercado, os varejistas precisam mapear o comportamento do consumidor, entender suas necessidades e oferecer o que ele realmente deseja. No entanto, muitos ainda ficam presos à superficialidade desse conceito. Para realmente liderar no mercado, é essencial observar os clientes de forma genuína, criando uma conexão verdadeira e duradoura. A boa notícia é que, hoje, a tecnologia facilita bastante a construção desses vínculos.
As tecnologias aplicadas ao setor foram as estrelas das apresentações no Latam Retail Show 2024, um dos principais eventos de varejo e consumo da América Latina, destacando-se como o caminho certo para atender bem os clientes. Diversas experiências mostram que a rápida digitalização na experiência de compra tem ajudado as empresas varejistas a melhorar a comunicação com os consumidores, aprimorar seus produtos e, como resultado, aumentar seus resultados financeiros. Tecnologias como a inteligência artificial (IA), estão ganhando cada vez mais espaço no varejo.
No varejo, as novas ferramentas como as de Inteligência Artificial, permitem, por exemplo, que as empresas avaliem se estão adequadamente estruturadas para atender seus clientes e consigam medir a produtividade de suas equipes. Não faltam exemplos, e mesmo as empresas mais jovens e menores, com recursos financeiros mais limitados, estão cada vez mais tendo acesso a um gerenciamento de dados mais competitivo.
Um varejista pode, por exemplo, capturar dados sobre o comportamento do consumidor para otimizar o posicionamento dos produtos nas lojas físicas e até gerar receita com a comercialização de espaços para seus fornecedores. Essa tecnologia com IA permite monitorar quais prateleiras são mais visitadas, o tempo de espera nas filas do caixa e para onde os clientes mais direcionam a atenção na loja.
As novas tecnologias, como a inteligência artificial e o gerenciamento de dados, não apenas otimizam a experiência do cliente nas lojas físicas, mas também se tornaram aliadas indispensáveis para as estratégias de negócios no varejo. Uma outra solução que tem ganhado cada vez mais espaço são as redes privativas, especialmente na automação e controle de centros de distribuição.
O impacto do gerenciamento de dados é fundamental para fornecer insights estratégicos e melhorar a tomada de decisões nas empresas, enquanto as redes privativas complementam essa inteligência com a conectividade robusta, segura e ágil necessária para executar essas decisões em tempo real.
Ao integrar essas duas tecnologias, as empresas conseguem não apenas coletar e analisar dados com mais precisão, mas também garantir que suas operações sejam otimizadas de ponta a ponta, independentemente de sua localização ou complexidade. Essa sinergia entre gerenciamento de dados e soluções de redes privativas fortalece as estratégias tecnológicas, proporcionando mais agilidade, flexibilidade e controle, o que resulta em maior competitividade, inovação contínua e crescimento sustentável no mercado.
Uma pesquisa apresentada durante o evento revelou que o varejo investe entre 0,2% e 1% de seu faturamento em pesquisa e desenvolvimento, enquanto na indústria esse percentual chega a 3%. Embora esse investimento ainda seja baixo, o mais importante para o varejo é manter-se aberto a novas ideias e estar disposto a adotar práticas de sucesso.
Fica claro que, independentemente do contexto, o foco deve sempre ser o cliente. A tecnologia pode evoluir o quanto for, mas o crescimento sustentável e a competitividade do varejo se tornam inviáveis sem o cliente no centro das decisões.
- Gartner alerta que 80% dos conselheiros acreditam que as práticas e estruturas atuais dos Conselhos de Administração são inadequadas para supervisionar a Inteligência Artificial
- Bertha Capital aporta R$ 2 milhões no Zemo Bank, fintech voltada para o público B2B
- Novo estudo da Cisco mostra que prontidão para IA cai no Brasil,apesar da rápida evolução do mercado e do impacto esperado
- Investimentos em IA no setor de mídia e entretenimento esportivo deve chegar a US$ 19 bilhões até 2030, segundo Globant
- TIVIT anuncia Rafael Maia como novo Head da TIVIT Techfin