Transformação digital: sobrevive quem se adapta

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Por Raphael Felicio

Se estruturas hierarquizadas e rígidas já não tinham chances de sobreviver ao dinamismo da digitalização, isso agora é fato consumado. Nos últimos meses, vimos o Brasil inteiro migrar para o formato home office, lojas físicas tendo que se adaptar pela internet, economia enfraquecida, pessoas dentro de casa usando seus celulares para se comunicar, assistir aos seus shows preferidos, trabalhar e se distrair. A vida do brasileiro migrou para o digital.

Esse momento deixará um importante legado para o mercado. As mudanças trazidas pela pandemia geraram um contexto que funciona como um forte selecionador: empresas que já passaram pelo processo de transformação digital estão mais seguras e as que não passaram, vão precisar passar se quiserem sobreviver.

E a transformação digital real é muito mais abrangente e profunda do que simplesmente oferecer canais de comunicação online ou disponibilizar um conteúdo gratuito na internet. Todos temos ouvido falar que o brasileiro “acordou” para as lives do Instagram, para o uso de plataformas de videoconferência e por aí vai. E essas ferramentas são interessantes e válidas, é bacana e importante que esse interesse pelo digital se fortaleça. Porém, não é isso que vai salvar uma empresa nesse momento. Todas, independente do porte, e principalmente as grandes, devem parar e avaliar se suas operações e seu modelo de negócio favorecem uma experiência ágil, intuitiva e valiosa para o cliente final.

Para isso o ser humano deve estar no centro dos processos, das operações e do interesse da empresa. Não se trata de marketing, trata-se de saber identificar e compreender profundamente as necessidades de seus públicos de relacionamento, e criar formas inteligentes de ajudá-los a atender essas necessidades de forma rápida e prática e, agora, diante desse contexto que vivemos, todos estão sendo obrigados a fazer isso para manterem sua fonte de receita.

Obviamente é um processo profundo e que demanda o auxílio de profissionais especializados. Mas o mercado já conta com grandes players que atuam na transformação digital. Fato é que se trata de uma demanda urgente do mercado, sobrevive quem consegue se adaptar.

Raphael Felicio, head de design e marketing da ioasys