A Termomecanica, líder no setor de transformação de metais não ferrosos, cobre e suas ligas, sai à frente e está investindo em iniciativas que permitirão alcançar o status de Indústria 4.0. Recursos estão sendo destinados ao tripé Pessoas – Processos – Tecnologia, crucial para o processo de transformação digital e que ajuda a conduzir as empresas à nova revolução industrial. Além da implantação de sensores em mais de 30 equipamentos no chão de fábrica e recursos de apontamento real, foram instalados mais de 130 pontos de medição nas duas unidades fabris da TM no ABC.
Uma sondagem realizada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), em 2017, com 227 empresas, mostrou que um terço delas sequer conhecia expressões como quarta revolução industrial ou indústria 4.0. Enquanto isso, na Termomecanica já existe uma equipe voltada para a inovação tecnológica com visão para modernização da planta através de equipamentos preparados para a Indústria 4.0. Nos investimentos que serão feitos em novas aquisições de máquinas serão considerados novos pontos de sensoriamento e captação de dados.
Em termos de TI foram investidos R$ 1.2 milhão no Apontamento Real e mais R$ 300 mil nos demais projetos relacionados. A Termomecanica tem explorado tecnologias como Internet das Coisas (IOT), big data e digital não só na área industrial, como também comercial e administrativa. Nos últimos três anos, foram investidos R$ 1,6 milhão em IoT e R$ 2,5 milhões em desenhos de processos para torna-los digitais, com destaque para o pioneiro canal eletrônico de relacionamento com o cliente.
Os sensores implementados nos equipamentos de laminação, trefilas, fundição, extrusoras, entre outros, fornecem diversos tipos de dados como, por exemplo: estado da máquina (ligada e produzindo, desligada, ligada, mas não em produção; velocidade de algum componente, consumo de energia). Além dos sensores, são também utilizados módulos para entrada de informações sobre o processo industrial (chamados de PODs), que permitem ao operador informar as condições do seu trabalho. “Este conjunto de dados permite uma análise completa que avalia a eficácia do processo e também detecta com mais precisão os gargalos da fábrica, direcionando inclusive investimentos de forma mais objetiva”, afirmou Luiz Henrique Caveagna, diretor industrial, da Termomecanica.
Segundo Walter Sanches, o conceito de indústria 4.0, que demanda esforços de longo prazo e investimentos expressivos, tem se distorcido um pouco e as empresas têm apostado muito mais em tecnologia do que nos outros componentes do tripé. A TM, porém, tem procurado contemplar em suas iniciativas todos os pontos que fundamentam a preparação da companhia para esse estágio de maturidade. “Um impacto relevante é que não podemos pensar na Indústria 4.0 exclusivamente como automatização de fábrica. Diversos processos de apoio terão que ser repensados para suportar cálculos com baixo nível de interação humana, aumentando significativamente a produtividade per capta. Estamos falando de muitos processos envolvidos em diversas áreas da empresa”, enfatiza.
Visando fomentar novas ideias e engajar seus líderes, o tema e o conceito de Indústria 4.0 também estão sendo trabalhados pela Universidade Corporativa Salvador Arena. Os participantes, ao final do curso, terão que apresentar propostas de atuação com aplicabilidade real no dia a dia da Termomecanica.