Startup brasileira vai começar a exportar veículos autônomos

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Com plantas no Brasil e na China, Synkar tem lista de espera para atender pedidos da Irlanda, Canadá, Portugal , Malásia e Brasil

A Synkar, startup brasileira que desenvolve robôs autônomos para diversas finalidades, por meio de inteligência artificial e machine learning, vai iniciar a exportação de veículos autônomos em 2022. Com plantas fabris em desenvolvimento no Brasil e na China, a empresa prevê a produção inicial de 200 unidades, que já estão completamente vendidas para empresas da Irlanda, Canadá, Portugal, Malásia e Brasil. “O próximo ano será dedicado para ajustes de processos, por isso não vamos atender a toda demanda e estamos com fila de espera para 2023, quando pretendemos elevar a produção para 1.000 unidades por ano”, explica Matheus Theodoro, cofundador e CEO da Synkar. E acrescenta que no Brasil, a maior parte as reservas têm sido de empresas e condomínios horizontais.

Focado no mercado indoor – espaços como shoppings centers e condomínios industriais e residenciais, os robôs têm capacidade de carregar até 30kg em produtos. A inteligência artificial de navegação permite que os usuários acompanhem o status de entrega com precisão e sua bateria tem autonomia de 12 horas. 

Os veículos da Synkar são modais que atendem a uma grande diversidade de aplicações, entre elas o transporte de mercadorias.  “A aplicação dos nossos robôs não está apenas na otimização e melhoria dos serviços que para os quais já é destinado. Mas também no leque de possibilidades de serviços que ainda sequer existem, mas que serão oferecidos a partir dele”, afirma Theodoro. 

No Brasil, o modelo mais conhecido dos robôs da Synkar, é a ADA, utilizada pelo iFood.  Atualmente, a ADA funciona como intermediária entre entregadores e lojas no shopping Iguatemi, em Ribeirão Preto, interior de São Paulo e também está sendo testada em condomínios fechados da cidade, realizando o intermédio entre o entregador e o cliente final.

Os veículos autônomos da Synkar passam por treinamentos para aprendem a detectar informações importantes, identificar obstáculos como pessoas ou veículos e tomar decisões baseadas nessas informações em tempo real. Essas informações partem de câmeras estrategicamente posicionadas, que captam imagens que são processadas por uma plataforma de inteligência artificial que as analisa e repassa para os algoritmos de localização e decisão, informando o robô sobre o ambiente onde ele se encontra e qual o possível caminho até o destino determinado.  

Os robôs também têm sensores auxiliares em seu entorno, permitindo a detecção imediata de obstáculos complementando a informação visual nos processos de navegação e localização. Além disso, contam com um sistema de raios UV-C, eliminam todos os microorganismos, incluindo o Sars-CoV-2, responsável pela Covid-19.