A Cogtive, startup brasileira de inteligência artificial e hiperautomação da gestão do chão de fábrica, vai desembarcar em um dos países mais industrializados do mundo, a Alemanha. É, em quatro meses, o segundo movimento de internacionalização da empresa. No final de novembro último, ela se instalou nos Estados Unidos. Ainda em 2022, também passou a fornecer para o Oriente Médio.
A startup está classificada para a fase final do Brazilian Indtechs en Germany 2023 (BiG 2023), uma espécie de chamada aberta à inovação de negócios voltados à indústria 4.0. O CEO da Cogtive, Reginaldo Ribeiro, que é um dos fundadores da empresa, embarca já na primeira semana para Alemanha, para participar do encontro.
“Estamos entre as dez finalistas. Serão nove dias de imersão no mercado industrial alemão, incluindo visita à Hannover Messe, uma das maiores feiras da indústria em todo o mundo. Será uma oportunidade para estabelecer contatos, prospectar negócios, atualizar conhecimentos, trocar experiências. Teremos muito a adquirir de conhecimento, mas muito a oferecer de nossas soluções também”, assinala Ribeiro.
Ribeiro terá, dentro da programação de pitches, um momento para apresentar a Cogtive. Visitas a hubs de inovação, rodadas de negócios e contato com ecossistemas de inovação e cultura locais compõem também as atividades do evento na Alemanha. Para o CEO da empresa brasileira, com a participação na BiG 2023, a Cogtive dá mais um passo em seu processo de internacionalização.
A Cogtive é desenvolvedora de solução SaaS (Software as a Service, ou software como um serviço, em tradução livre), aplicada às linhas de produção da indústria, em especial a de manufatura. Baseada em inteligência artificial (IA) e internet das coisas (IoT), a solução possibilita o acompanhamento em tempo real de todo o processo fabril, fornecendo dados e informações capazes de identificar gargalos e antecipar riscos de falhas e paralisações.
O software funciona da seguinte maneira: a partir da coleta de dados no chão de fábrica, obtendo, por exemplo, status dos equipamentos, tempo operacional perdido, mensuração de performance, precisão de entrega dos lotes de produção, acompanhamento do ritmo, tempos de setup e manutenção, tudo é contextualizado e transformado em informações inteligentes para que as lideranças (coordenadores, gerentes, diretores e executivos) possam visualizar os resultados e as oportunidades de ganho. “Após todo o levantamento, os líderes conseguem identificar o potencial de capacidade oculta nos equipamentos, tomar decisões estratégicas, identificar tendências de produtividade da fábrica, gerar insights e responder muito mais rápido às alterações no plano de vendas e produção”, acrescenta Ribeiro.