Visando oferecer gratuitamente um programa completo e robusto que compreenda todas as fases da internacionalização de uma startup, o Ministério da Economia, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), o Ministério das Relações Exteriores (MRE), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) e a Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) somaram suas expertises para criar o StartOut Brasil.
“O StartOut Brasil é destinado a startups brasileiras que já tenham tração no mercado doméstico e condições concretas de se internacionalizar sem comprometer suas operações no país”, afirma Igor Nazareth, Subsecretário de Inovação no Ministério da Economia. De acordo com ele, para se inscrever no StartOut Brasil, as empresas precisam ter faturamento (de preferência acima dos R$500 mil) ou já ter recebido algum tipo de investimento. Os empreendedores também devem ter fluência em inglês.
Segundo dados do programa, as startups que passaram pelo programa atuam, em sua maioria, nos setores de Saúde, Logística, Agronegócio, Biotecnologia e Energia, já receberam investimento (54,17%), passaram por algum processo de incubação ou aceleração (68,06%), possuem faturamento anual entre US$200 e US$500 mil (38,5%), têm aproximadamente 20 funcionários e atuam com o modelo de negócio B2B (68,89%).
Desde 2017, o programa tem gerado conexões em ecossistemas de inovação com potencial para novos negócios. Ao todo, 56 startups passaram pelos ciclos Buenos Aires, Paris, Berlim, Miami e Lisboa. Elas tiveram a oportunidade de se conectar com alguns dos principais players locais, prospectar clientes, agendar reuniões de negócio e realizar apresentações de pitch para investidores e potenciais parceiros.
“Quando me inscrevi no StartOut Brasil já havia visitado e tentado fazer negócio, por conta própria, na Argentina e Colômbia. Contudo, não consegui avançar muito, porque fui na cara e na coragem, sem o planejamento adequado. Com o programa, a experiência foi bem diferente. Fui orientado sobre como agir no local e como me alinhar com aquela cultura”, conta Deivison Pedroza, Fundador e Presidente do Grupo Verde Ghaia, que passou pelos ciclos Buenos Aires e Lisboa.
Hoje, a startup já está presente na Argentina, Colômbia, Chile e Portugal, mas ainda almeja levar suas metodologias, que a transformaram na maior empresa do Brasil em serviços de monitoramento de conformidade legal aplicável, para toda a América Latina, Europa e Estados Unidos.
Ciclo Santiago
Para 2019, o StartOut Brasil selecionou criteriosamente quatro novos destinos: Santiago (Chile), Toronto (Canadá), Londres (Inglaterra) e Xangai (China). Essas cidades foram escolhidas com base em critérios como a existência de ambiente de investimentos para startups estrangeiras, o tamanho e a maturidade do ecossistema de inovação, além do custo da missão para o empreendedor.
Para a primeiro ciclo do ano, foram selecionadas 20 startups, sendo 15 negócios da categoria “ampla concorrência”, que são startups que nunca participaram ou participaram de apenas um Ciclo do StartOut Brasil; e cinco startups consideradas “graduadas”, ou seja, empresas que já estiveram em dois ou mais ciclos de imersão oferecidos pelo programa.
Entre os dias 24 e 29 de março, essas startups irão visitar aceleradoras, incubadoras e empresas locais; participar de seminário de oportunidades, reuniões com prestadores de serviços e encontros de negócio organizados pelo programa; além de realizar uma apresentação para possíveis investidores e parceiros.