A StartMeUp, plataforma de investimento colaborativo, anuncia a sua primeira oferta online de captação por meio do Royalty Crowdfunding. A empresa responsável por estrear a mais nova modalidade de investimento é a pedreira Brazil Mineral Ventures (BMV), uma Junior Mining focada na prospecção e pesquisa acadêmica de novas áreas para extração de matérias-primas pouco exploradas no Brasil.
O projeto da pedreira consiste na abertura de uma operação na cidade de Itapetinga (BA) para a extração da pedra brita, material de baixo valor agregado, mas muito valioso pela Construção Civil local na criação de estradas, pavimentos de concreto e obras de infraestrutura. Para a instalação da operação, a BMV Mineradora espera levantar, por meio do Royalty Crowdfunding da StartMeUp, o valor de R$ 2.4 milhões em um período de seis meses.
O geólogo Herbert Sodré, sócio fundador e diretor de exploração mineral da BMV, explica que a instalação de uma pedreira conseguiria suprir a necessidade de matéria-prima dos municípios da região por conta da oferta de preço mais competitivo no mercado. Isso porque a pedreira ficaria localizada em local estratégico, onde há carência desse tipo de minério. “A localização escolhida para a instalação da operação nos colocou em situação privilegiada para atendermos o mercado local e regional, que abrange 14 cidades em um raio de até 100 km”.
Herbert também comenta que em suas pesquisas acadêmicas, a BMV Mineradora descobriu que havia grande disparidade em relação aos preços da brita. “Enquanto o preço médio deste produto é de R$ 60,00 reais na pedreira, unidade produtora, esta mesma brita é vendida por preços que variam de R$ 120,00 a R$ 150,00 reais, demonstrando um grande potencial para esta região”.
A vasta experiência do geólogo na área de logística é outro ponto importante para que a pedreira alcance parte deste mercado. A intenção é aproveitar espaços ociosos em carretas para tornar o preço da matéria-prima mais acessível para as concreteiras, construtoras, indústrias de pré-fabricados, revendedores, lojas, pavimentadoras, usinas de asfalto e órgãos públicos. A Brazil Mineral Ventures possui o apoio dos municípios da região, bem como do Governo do Estado da Bahia para a comercialização dos insumos.
“Diferente do Equity Crowdfunding, o Royalty possui potencial de alta rentabilidade. O investidor não se torna sócio do projeto, mas recebe o retorno de seu investimento em uma única parcela até o término do prazo estipulado”, afirma Fábio Silva, sócio fundador da StartMeUp.
O executivo acredita no grande BMV da pedreira em atingir o montante estipulado para a instalação da pedreira na Bahia. “Nós escolhemos a Brazil Mineral Ventures para estrear a modalidade, pois a proposta foi muito bem desenvolvida e embasada em um business plan estratégico na extração de minérios pouco explorados no Brasil e, ao mesmo tempo, os mais necessários para o mercado de Construção Civil”, finaliza Fábio.
Mercado de agregados em números
De acordo com dados da Associação Nacional das Entidades de Produtores de Agregados para Construção (ANEPAC), os minerais mais consumidos no Brasil e no mundo são os agregados de baixo valor como pedra brita, areia e cascalho. O mercado brasileiro destes produtos é atendido por uma ampla e diversificada gama de produtores, envolvendo cerca de 3.100 empresas: 600 de produção de brita e 2.500 de extração de areia, com um total de 75.000 empregos diretos e 250.000 indiretos. São 623 milhões de toneladas produzidas, gerando um faturamento de R$ 12 bilhões.