Solfácil recebe R$ 160 milhões e se consolida entre as maiores fintechs do Brasil

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A Solfácil, primeira fintech solar do Brasil, anuncia nesta quarta, 23, o maior aporte de venture capital no setor de energia solar do Brasil: R$160 milhões em rodada Série B liderada pelo fundo de venture capital norte-americano QED Investors, com a participação da Valor Capital Group, que liderou a Série A. Com o montante, a fintech pretende investir em tecnologia para melhorar e expandir suas linhas de financiamentos, dobrar a rede de parceiros integradores de 5 mil para 10 mil, além de lançar uma linha solar para o agronegócio.

A fintech se junta a nomes como Nubank, Creditas, Loft, ou Quinto Andar, que já receberam investimentos da QED, gestora fundada por Nigel Morris, o fundador da Capital One, gigante norte-americana de cartões de crédito. “QED é um dos investidores mais fortes em fintechs do mundo, eles vão trazer muito know-how para consolidar a Solfácil como a marca líder em tecnologia e financiamento de energia solar distribuída no país”, vislumbra Fábio Carrara, CEO e fundador da Solfácil.

A rodada Série B vem como fruto de um histórico de crescimento acelerado e consistente da fintech. Nos últimos 12 meses, a empresa cresceu mais de 20 vezes, o que já coloca a Solfácil entre as três maiores fintechs de crédito do Brasil em volume de créditos concedidos.

Expectativas

O aporte vai acelerar o crescimento da empresa que atua em um dos setores mais promissores do Brasil, que será essencial na solução dos problemas de abastecimento energético e dependência crescente de termelétricas poluentes, geradores das famosas bandeiras vermelhas. “Apesar de 93% das pessoas desejarem instalar energia solar em suas casas, poucas têm poupança suficiente para fazer o investimento necessário. A Solfácil e sua linha de financiamento solucionam esse problema e o Brasil ainda tem muito espaço para crescimento, uma vez que apenas 0,6% das residências usam energia solar distribuída no Brasil, enquanto em outros países, como a Austrália, 25% das residências já dispõem de tal solução”, ressalta Fábio.

Com o investimento, a companhia vai continuar investindo em serviços que alavanquem as vendas de seus parceiros integradores solares e solidifiquem sua base gerencial para continuar crescendo no Brasil junto aos mais de 20 mil integradores solares, que serão protagonistas na retomada verde e na geração de milhares de empregos e disseminação dessa tecnologia por todos os telhados do Brasil, do norte ao sul do país.

Com mudanças previstas no produto de financiamento, a Solfácil espera atingir R$ 1 bilhão em financiamentos de projetos de energia solar em 2021, chegando a R$ 2,5 bilhões até 2022, impulsionada por seu avanço tecnológico assim como pelo crescimento do setor de energia solar distribuída, que já alcança 170% ao ao. Para tanto, além de aumentar o time dos atuais 215 para 460 colaboradores até dezembro de 2022, incluindo novos especialistas em marketing e vendas, criará produtos que auxiliem nas compras, vendas e pós-vendas dos seus parceiros integradores.

“O QED vem estudando as tendências de financiamento em energia solar já faz um tempo e estamos muito felizes de anunciar nossa parceria com o Fábio e o time da Solfácil,” afirma Mike Packer, sócio da QED. “O mercado de energia solar só está começando a decolar globalmente e o Brasil é um mercado de muito potencial para crescimento. A Solfácil está perfeitamente posicionada para agregar valor para tanto os integradores como os consumidores finais, como fica evidenciado pelo seu forte crescimento recente e sua capacidade para escalar. É raro ver uma plataforma que cria uma situação ganha-ganha: neste caso entre integradores, consumidores finais e mercado de capitais. Estamos muito empolgados em sermos parceiros nessa jornada e ajudar a criar um gigante no setor de energia solar”, completa o investidor.

Posição consolidada


A Solfácil é a primeira fintech especializada em energia solar do Brasil. Ela oferece os prazos de financiamento mais longos do mercado (120 meses), períodos de carências (6 meses), e taxa de juros competitivas (CET em torno de 1,3%). Um sistema de geração distribuída de energia solar dá um retorno sobre o capital investido superior a 10 vezes o rendimento atual da poupança.

Nesse modelo, o consumidor final (residencial, PMEs ou produtor rural) tem economia imediata ao substituir grande parte da conta mensal de energia elétrica por uma prestação ainda menor – a parcela do financiamento chega a ser 30% inferior à conta de energia tradicional. Além da rodada de investimento para capitalizar a empresa, em 2021, a Solfácil também emitiu com sucesso o primeiro FIDC verde do Brasil de R$500 milhões no contexto de um mercado de capitais que busca cada vez mais ativos ESG.