Software de gestão brasileiro chega a hospitais da Europa e Oriente Médio

Compartilhar

Com 20 anos de presença no mercado de saúde, o software brasileiro de gestão em saúde Tasy, adquirido pela Philips em 2010 e desenvolvido no Centro de Desenvolvimento da empresa, em Blumenau, se consolida no Brasil e mira voos ainda mais altos: o software está sendo exportado para instituições em países selecionados na Europa e no Oriente Médio.

O Tasy oferece a hospitais gerais e especializados, clínicas, operadoras de planos de saúde e bancos de sangue, entre outras instituições de saúde, a possibilidade de conectividade, traduzida na integração de sistemas. A implementação do software de gestão leva à automação que proporciona uma melhora expressiva no controle de processos, possibilitando maior eficiência, aumento de produtividade e também maior custo-benefício.

“A partir de 2015, a Philips implementou um novo modelo de atuação com foco na saúde. O Tasy faz parte da estratégia global da empresa de investir no cuidado contínuo da saúde, atuando em todas as fases da vida das pessoas, para conectar toda a cadeia do setor e melhorar a gestão e o cuidado da saúde”, diz Solange Plebani, gerente geral de EMR da Philips.

O software é responsável por um aumento de 62% no número de funcionários dedicado a ele no mundo nos últimos 3 anos. No Brasil, são cerca de 600 colaboradores divididos entre as áreas de Produto, Vendas, Desenvolvimento, Suporte e Implantação. Como resultado, o software está presente em mais 900 instituições brasileiras entre hospitais gerais e especializados, clínicas, bancos de sangue, entre outros.

Internacionalização

O processo de expansão internacional se iniciou em 2013, quando a empresa enviou um grupo de especialistas para o México, para conhecer o mercado e as instituições de saúde locais. A expansão para o país aconteceu de fato em 2014, com a implementação no Hospital San Javier.

O segundo país envolvido na internacionalização do software foi a Arábia Saudita, com o envio de um grupo de especialistas em produto e implantação. Segundo Solange Plebani, “o mercado saudita possui semelhanças com o mercado de saúde brasileiro, no entanto, há requisitos regulatórios e especificidades locais que precisam ser atendidas e para isso contamos com equipes dedicadas tanto na Arábia Saudita quanto no Brasil”. Além dele, a Alemanha conta com quatro funcionários exclusivamente dedicados ao software trabalhando localmente, enquanto a Índia conta com 40 especialistas da Philips.

Resultados para clientes: Hospital São Vicente de Paulo

No Hospital São Vicente de Paulo, localizado no Rio de Janeiro o Tasy contribuiu para a redução do nível de estoque em 35% e o aumento de faturamento em 30%. Na área financeira, com a implantação dos módulos de contas a pagar, contas a receber, tesouraria, contabilidade, fluxo de caixa, repasse a terceiros (honorários médicos), orçamento e custos, a organização obteve ganhos tanto no aspecto financeiro quanto no aspecto qualitativo da informação.

No encerramento do exercício de 2010, quando se iniciou a implantação do sistema Tasy, o hospital possuía um faturamento médio de R$ 8,7 milhões/mês e um recebimento médio de R$ 8,5 milhões mensais. Em menos de dois anos o HSVP já apresenta resultados financeiros expressivos, com um aumento no faturamento, em 2012, de 19,37% em relação ao ano de 2011 e um aumento de 13,76% nos recebimentos de convênios em relação ao mesmo período. O hospital é acreditado pela Joint Commission Internacional (JCI), a mais respeitada entidade independente de acreditação de unidades de saúde no mundo.

Hospital do Idoso Zilda Arns

Em Curitiba (PR), o Hospital do Idoso Zilda Arns adotou o Tasy para realizar o controle de faturamento de procedimentos passíveis de cobrança pelo SUS, alcançando um aumento de 80% em seu faturamento. “Aumentamos a conscientização entre os envolvidos nos processos da enfermagem, da farmácia, da importância da execução e atendimento correto das prescrições e solicitações, tanto do ponto de vista legal quanto econômico”, comenta Gustavo Justo Schulz, diretor de Atenção à Saúde, da Feaes, fundação que administra o hospital. Segundo ele, a eliminação de contas não faturadas somada à redução significativa no prazo médio de faturamento de 47 dias, em 2013, para 17 dias, em 2014, contabiliza resultados muito positivos ao hospital. O bom serviço prestado pelo hospital foi reconhecido com a certificação no estágio 6 pela HIMSS (Healthcare Information and Management Systems Society).

Hospital Encore

O Hospital Encore, em Aparecida de Goiânia (GO), obteve bons resultados financeiros e operacionais com a utilização do Tasy. Dentre as principais funções do software para a instituição estão: prontuário eletrônico, localização e redução de contas paradas e gestão de glosas hospitalares, eliminando cobranças incorretas feitas pelo hospital para os planos de saúde e que são recusadas total ou parcialmente.

“No primeiro ano de funcionamento pleno do Tasy nas várias “portas de entrada” do hospital, identificamos mais de 1 milhão de reais em contas paradas em diferentes setores do hospital, por motivos tão banais como uma justificativa de antibiótico ou mais significativos como guias de autorizações de materiais de alto custo”, destaca dr. Maurício Prudente, médico cardiologista intervencionista e CEO do Encore

“Por meio da função de retorno de convênios do Tasy, diminuímos em 60% o percentual de glosa, o que significa que se tínhamos uma glosa em torno de 12,5%, hoje temos um percentual em torno de 4,5%” completa Prudente. Além disso, antes da utilização do prontuário eletrônico, a localização de prontuários no arquivo morto demorava entre 2 e 5 dias, prazo que foi reduzido para um a dois minutos.