Este foi o resultado de pesquisa do IEEE – Instituto de Engenheiros Elétricos e Eletrônicos, maior organização profissional do mundo dedicada ao avanço da tecnologia para benefício da humanidade, sobre as principais tendências tecnológicas que vão dominar o cenário em 2016
Enquanto o smartphone continua como objeto tecnológico mais desejado, a maioria dos brasileiros ainda sonha possuir carros elétricos e híbridos em 2016
Nas ruas, restaurantes, transportes coletivos, praticamente em todos os locais, uma cena domina a paisagem: alguém teclando ou falando em seu smartphone. E a força desta tecnologia se confirma em pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha a pedido do IEEE, maior organização profissional do mundo dedicada ao avanço da tecnologia para benefício da humanidade, segundo a qual o smartphone será o item tecnológico mais influente em 2016 (com 25% da amostra). Logo em seguida, com 22%, vêm os aplicativos para a saúde. Tablets e carros elétricos e híbridos empatam em terceiro lugar, com 18% das previsões.
Entre os dias 23 e 27 de novembro, a Datafolha realizou 2.074 entrevistas em amostra representativa da população brasileira acima dos 16 anos (o que equivale a 151.389.175 habitantes) em mais de 120 municípios de todas as regiões do País. E, entre os mais jovens, os smartphones alcançam 35% das citações, enquanto a amostra de pessoas mais velhas revelou maior dificuldade em apontar essas tendências, sobretudo na faixa de menor escolaridade e renda mais baixa.
Também figuram como tendências para o próximo ano: tablets (18%), notebooks (15%), drones (15%) e tecnologia para implante em humanos (15%), automação residencial (14%), aparelhos digitais de música ou aparelhos sonoros digitais (12%), impressoras 3D (12%), robôs (11%) e realidade Virtual (9%).
“Estes indicadores reforçam a crescente preocupação da população com o monitoramento da saúde e do bem estar e que enxergam as novas tecnologias como importantes aliadas por mais qualidade de vida e saúde”, destaca Raul Colcher, membro sênior do IEEE no Brasil.
Supérfluos
A pesquisa também quis saber quais os itens que serão mais supérfluos em 2016 – lista liderada pelas câmeras digitais com 17% das opiniões (e 30% entre os mais escolarizados), já que hoje sua função pode ser exercida pelo smartphone. Em segundo lugar vêm os aparelhos digitais de música ou aparelhos digitais sonoros (com 12%), igualmente “vítimas” da proliferação dos smartphones, que também cumprem essas funções. Em terceiro lugar, bem abaixo, empatam três itens, com 8%: robôs, notebooks e tablets.
Sonho
E quais os itens que a população brasileira sonha possuir em 2016? Segundo o Datafolha, venceram os carros elétricos e híbridos, com 16% das respostas, sobretudo entre homens e com maior escolaridade. Logo em seguida vêm os aplicativos para saúde, com 15%, e os smartphones mais avançados, com 14%.
Segundo o Datafolha, a escolha desses itens é coerente com a atual realidade das pessoas, que cada vez mais buscam alternativas sustentáveis e econômicas para suas rotinas e se preocupam com seu bem-estar.
As faixas etárias também tiveram grande peso nas respostas: entre os mais jovens, a maioria dos itens avaliados ficou acima da média geral, como a realidade virtual, que obteve 18% das preferências entre eles (o dobro do total das menções), e os robôs, que receberam 19% das indicações (contra 11% do total da amostra). Entre os mais escolarizados também são registrados índices acima da média, como os drones, que obtiveram 27% das indicações (contra 15% do total).
Para o Datafolha, a percepção da população sobre os itens tecnológicos avaliados depende do entendimento sobre cada um deles, muitos ainda pouco conhecidos. No caso dos aplicativos para a saúde, por exemplo, ainda é necessário aprofundar a interpretação dos resultados, para determinar se os entrevistados os destacaram apenas pela expectativa genérica de que ajudarão no combate às doenças ou se já conhecem especificamente suas funções.