As operações de Fusões e Aquisições (M&A) no setor financeiro registraram um aumento de 41,5% no Brasil no primeiro semestre de 2025, na comparação com o mesmo período do ano passado. Foram 75 operações comparadas às 53 registradas de janeiro e julho de 2024.
Este crescimento, de acordo com análise da PwC Brasil, é impulsionado por movimentos estratégicos e defensivos, e não por um excesso de liquidez de mercado, como movimentos de períodos anteriores. Apesar deste aumento, a expectativa é de que o total de transações em 2025 se mantenha na mesma de 2023 e 2024, que registraram 114 e 101 operações, respectivamente.
A maior parte dessas operações está concentrada em bancos e mercados de capitais, que responderam por 51 operações (68% do total), seguido por seguros, com 15 operações (20%), e asset & wealth management, com 9 (12%).
As transações são predominantemente realizadas por players locais, com o Brasil liderando a origem dos compradores com 42% operações em 2025. Os principais impulsionadores desses movimentos incluem oportunidades estratégicas de consolidação, como as observadas em corretoras de seguros e gestão de patrimônio.
Apesar do dinamismo observado, o cenário macroeconômico global e as taxas de juros domésticas elevadas continuam a desestimular o apetite por investimentos de maior risco, o que tem impactado os valuations e o fechamento de novos negócios.
Para o médio prazo, a PwC projeta que o mercado de M&A no setor de serviços financeiros deve seguir uma linha horizontal em 2025 e 2026. Fatores como incertezas eleitorais, a trajetória da queda das taxas de juros, as reformas tributárias e a constante evolução regulatória contribuem para a cautela dos investidores.