Setor cervejeiro prevê aumento nas vendas em 4,2% neste final de ano com linha de produtos premium

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Unanimidade no gosto do brasileiro, a cerveja está passando por um processo de sofisticação. Ocupando o terceiro lugar no ranking dos maiores produtores de cerveja, atrás apenas dos Estados Unidos e China, o mercado brasileiro esta recebendo uma nova demanda de linha premium do produto, produzida apenas com cereais 100% maltados. O setor é responsável por 2% do PIB nacional e apresentou um faturamento de R$ 61,4 bilhões no último ano, um aumento de 11,6%, segundo pesquisa de mercado realizada pela Mintel. Dados da Sicobe (Sistema de Controle de Produção de Bebidas da Receita Federal) ressaltam que somente na última década a produção de cervejas no país cresceu 64%, número impressionante para o setor que atualmente produz 13,4 bilhões de litros por ano. De acordo com a pesquisa realizada entre os dias 15 e 23 de outubro, pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o setor espera vender 0,4% mais do que no ano passado, o que significa estabilidade nas vendas, segundo a entidade.

Com um público mais exigente, as redes de supermercados estão adaptando as suas prateleiras. O gerente de produtos dos Supermercados Mambo, Saulo Pereira, comenta “O brasileiro está consumindo mais cervejas especiais, no último estudo realizado pela CervBrasil estamos em 24º lugar no ranking mundial com 68,3 litros por pessoa. Com a chegadas dos produtos premium nas prateleira a tendência é que esse mercado fique cada vez mais aquecido”.

A efervescência do mercado é notada pelo varejista, “Nos últimos meses notamos um aumento de 13% neste departamento. Atualmente contamos com 173 rótulos de cervejas em nosso mix, sendo que 94 deles são premium”, diz o gerente de produtos. Especialistas do setor cervejeiro dizem pode existir um aumento de quase 5% na produção nacional. De acordo com a ABRAS o setor cervejeiro projetava 17,4% de alta nas vendas nominais, mas em razão do encarecimento devido a situação financeira que o país está enfrentando, oscila em torno de 12,7%, concluindo que o faturamento real deve crescer.