As compras on-line caíram tanto no gosto do brasileiro que o setor de e-commerce cresce a taxas impressionantes ano após ano. Só em 2017, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o setor faturou R$ 59,9 bilhões e teve um crescimento de 12% em comparação a 2016. Para este ano, a expectativa é ainda melhor, com cifras na casa de quase R$ 70 bilhões (15% a mais).
Esta evolução do comércio eletrônico se dá pela praticidade, comodidade e facilidade que uma compra on-line proporciona ao consumidor. Entretanto, há um problema: ao mesmo tempo em que o e-commerce alcança índices significativos de vendas, o número de fraudes cibernéticas contra o cliente final é uma sombra desagradável.
Diversos estudos apontam o Brasil como um dos países líderes em golpes pela internet. Um relatório publicado pela Norton, empresa de cibersegurança, apontou que o nosso País sofreu prejuízos de quase US$ 22 bilhões (mais de R$ 80 bi) por conta de crimes cibernéticos só em 2017 – incluindo fraudes contra clientes, lojas virtuais, instituições financeiras.
No entanto, para que o cliente possa disfrutar ao máximo os muitos benefícios do e-commerce, a Konduto, empresa especialista no combate à fraude on-line, listou sete dicas para ajudar os consumidores a comprarem com segurança e evitar as armadilhas feitas por criminosos digitais:
1. Reputação da loja: Consulte a reputação do e-commerce em sites como o Reclame Aqui e procure comentários sobre ele nas redes sociais. E-commerces que não têm uma boa reputação nessas páginas devem ser evitados;
2. Informações básicas: Verifique se o e-commerce possui razão social, CNPJ e se a empresa informa endereço físico e telefone de contato caso haja algum problema na entrega;
3. Formas de pagamento: Desconfie de lojas que disponibilizam unicamente boleto bancário como forma de pagamento e não permitem pagamentos por cartão de crédito. E-commerces precisam cumprir uma série de exigências legais para poderem receber transações por cartão, um processo que seria extremamente oneroso para um fraudador. Além disso, o cartão de crédito é sempre muito mais seguro e, em caso de fraude, o cliente tem o respaldo legal para pedir o ressarcimento do valor;
4. Medidas de segurança: O consumidor precisa tomar cuidado com e-mails falsos (phishing), manter um antivírus sempre atualizado no computador e no smartphone e nunca deve enviar dados sensíveis de cartão de crédito (número, código CVV e validade) por e-mail, chat ou mensagem de texto;
5. Desconfie de promoções “imperdíveis”: Encontrou algum desconto imperdível, como por exemplo uma passagem aérea para uma data próxima com 80% de desconto, ou então um smartphone recém lançado pela metade do preço? Cuidado! Criminosos utilizam estas “vantagens incríveis” como chamariz para atrair o consumidor desatento;
6. Conexão segura: Um requisito básico para lojas virtuais idôneas é a utilização de um certificado de segurança SSL (Secure Socket Layer, em inglês), que criptografa toda a comunicação entre usuário e site. Mas atenção! Sites falsos também podem ter HTTPS no endereço eletrônico. O fato de o site não ter SSL acende uma luz vermelha, mas o fato de ele ter o HTTPS não significa necessariamente que ele é idôneo;
7. Comentários de clientes: Os chamados reviews, comentários postados sobre um determinado produto ou loja, são muito importantes para garantir que comprar naquele e-commerce é seguro. Verificar se há informações sobre entregas, qualidade do produto e atendimento é essencial para saber se a loja cumpre com aquilo que promete.