Segmento de biometria vai superar 30 bilhões de dólares até 2021

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O segmento global de biometria deve superar a marca de 30 bilhões de dólares em 2021, é o que apontam análises da ABI Research, empresa norte-americana que atua em inteligência de mercado. Em grande parte, esse sucesso se deve aos smartphones que trazem sensores de impressão digital integrados no equipamento. Daqui a quatro anos, espera-se haver dois bilhões de aparelhos com esse tipo de tecnologia. De acordo com o analista de pesquisas Dimitrios Pavlakis, os consumidores acreditam cada vez mais na biometria como forma de aumentar a segurança, conveniência e personalização em múltiplas camadas.

Por enquanto, América do Norte e Ásia-Pacífico são as regiões que mais se destacam no mercado de biometria. Por conta das atuais tensões e urgente necessidade de aumento de segurança, também a Europa deverá adotar a autenticação biométrica em diversos segmentos. Entretanto, a consultoria prevê uma rápida expansão na América Latina e no Oriente Médio. Na opinião de Juan Carlos Tejedor, diretor comercial da HID Biometrics para a América Latina, o Brasil está bem à frente dos demais países da América Latina em termos de implementação da biometria no setor financeiro, especificamente nos caixas eletrônicos. México, Argentina e Colômbia também já estão avançando na implantação dessa tecnologia em seus postos de atendimento bancário.

“O mercado de caixas eletrônicos no Brasil é o terceiro maior do mundo, ficando apenas atrás dos Estados Unidos e do Japão. Trata-se de um importante exemplo para os demais países do continente. Hoje, mais da metade dos terminais bancários brasileiros contam com sensores de leitura biométrica, mas ainda há muito que expandir, na medida em que os brasileiros estão se familiarizando cada vez mais com os sensores biométricos em muitos outros setores também. Eles são, inclusive, o primeiro povo da América Latina a fazer o cadastramento biométrico nos cartórios eleitorais – o que demonstra seu pioneirismo e abertura para adotar essa importante ferramenta de gerenciamento de acesso e identidade”, analisa Tejedor.

O executivo da HID afirma que a tecnologia biométrica multiespectral está se desenvolvendo em outras áreas do setor bancário. “Temos sido consultados por bancos que querem proteger seus próprios computadores, a fim de garantir que somente funcionários autorizados estejam acessando as contas bancárias dos clientes, como caixas e gerentes. O objetivo do setor bancário brasileiro é prover total segurança e rastreabilidade – e isso pode ser plenamente alcançado com a tecnologia biométrica. Em determinados casos, quando é necessário um segundo fator, a melhor combinação com a autenticação da impressão digital inclui telefone celular, cartão ou qualquer outro dispositivo pessoal. É importante lembrar que a essência da autenticação multifatorial é reunir algo que prove quem você é (biometria) com algo que você tem (cartão, smartphone etc.) ou algo que você sabe (senhas, pins etc.)”.