Vinte e três startups de sete estados brasileiros participaram do Seed Forum Cietec, realizado no último dia 16 de outubro, durante o Expocietec. No evento, os empresários tiveram a oportunidade de se apresentar a potenciais investidores com pedidos que variavam de R$ 400 mil a 20 milhões, valores necessários para gerar ganho de escala em alguns desses empreendimentos. No total, a demanda somada é de R$ 75 milhões em investimentos. A predominância era de startups da área de Tecnologia da Informação (TI), mas também estavam presentes empresas de biotecnologia, química e óleo e gás.
“Esse modelo de evento tem se disseminado no Brasil e atraído investidores porque há um trabalho prévio de seleção e preparação de empresas com perfil para serem investidas”, explica Sergio Risola, diretor-executivo do Cietec. Segundo ele, as selecionadas possuem projetos altamente inovadores, planos de negócios embasados e cálculos realistas de investimento para que esses empreendimentos ganhem escala ou alcancem maior lucratividade.
No evento, cada empresário teve 10 minutos para apresentação de seu pitch, totalizando quatro horas de apresentações, acompanhadas por aproximadamente de 200 pessoas, entre empresários, gestores de fundos de venture capital, administradores de fundos de investimento e investidores-anjo.
Os valores demandados pelas empresas são embasados em consultorias prestadas pelas incubadoras as quais elas estão associadas, de maneira que o empresário consiga, dentro das perspectivas dos potenciais parceiros, alcançar resultados efetivos para fortalecer os negócios.
Os jovens empresários sabem que o primeiro obstáculo da busca por investimento é atrair a atenção de investidores. “Nesse sentido, o Seed Fórum já é um resultado positivo para os 23 empresários que se apresentaram no evento”, explica Risola.
Essa é a segunda edição do Seed Forum Cietec, o primeiro foi realizado em parceria com a FINEP, ABVCAP e Instituto Educacional IMF/Bovespa. Experiências anteriores mostram que esse tipo de evento gerará reflexos em curto, médio e longo prazo. “Algumas empresas já estão sendo abordadas, mas sabemos que entre o primeiro contato e a assinatura de um contrato existe uma longa jornada”, comenta Risola, ressaltando que o boca a boca gerado pós-evento está acontecendo de maneira acima das expectativas.