Segundo análise elaborada pelo Sintelmark (Sindicato Paulista das Empresas de Telemarketing, Marketing Direto e Conexos), o setor do contact center do estado de São Paulo perdeu 5% de representatividade nos últimos anos e deverá reduzir sua participação em mais 10% nos próximos 5 anos.
Atualmente, o estado paulista soma 59,5% de todo o setor e, apesar de ser mais da metade de todo o montante nacional, este número apresenta retração ano após ano, motivada por diversos fatores, segundo Stan Braz, diretor presidente executivo do Sintelmark, como:
• Benefícios para a implantação de contact centers em outras regiões como redução da alíquota de ISS;
• Redução ou isenção de IPTU para a instalação destas empresas; e
• Diminuição do tempo de deslocamento do colaborador para o trabalho.
Outro fator importante levantado pelo Sindicato é que alguns de seus associados já possuem ou planejam abrir filiais maiores em outros estados e municípios. “Segundo estes empresários, a migração está diretamente relacionada aos custos fiscais e de instalação. Em contrapartida, eles admitem que as grandes metrópoles, como São Paulo, são próximas à sede de seus clientes e possuem maior estrutura urbana e maior rapidez no treinamento de mão de obra”, argumenta Braz.
Principais impactos da retração do contact center em São Paulo
Por ser uma atividade que envolve planejamento social com a inclusão de jovens no primeiro emprego, treinamento e capacitação para a abertura de oportunidade em outras áreas da economia, o setor de call center, que possui atualmente no estado de São Paulo 350 mil funcionários, passaria a ter nos próximos 5 anos, sem uma política de incentivos, 35 mil postos de trabalho fechados.
Polos de atendimento nas zonas Sul e Leste
Para o Sintelmark, uma das formas mais eficazes para reter as empresas na região metropolitana de São Paulo, seria a criação de polos de incentivo fiscal nas zonas Sul e Leste, locais em que se concentram em media 60% dos trabalhadores de contact center.
“Esta seria uma alternativa viável para desafogar os grandes centros e manter a constante geração de empregos no setor. Por exemplo, os governos municipais e estadual poderiam criar incentivos para que as empresas tenham condições de estruturar sites nestas localidades, fazendo com que o operador trabalhe, estude e more na mesma região, sem enfrentar horas de trânsito e gargalos na infraestrutura de tráfego, ganhando ao final qualidade de vida, diminuição do absenteísmo e maior qualidade no serviço prestado”, explica Stan Braz.