Vertical Fintech, da Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia, pretende incentivar empresas a desenvolver ofertas competitivas para o setor financeiro.
De acordo com levantamento do FintechLab, iniciativa da Clay Innovation, existem no Brasil mais de 200 startups fornecendo serviços financeiros inovadores para pessoas e empresas. São as chamadas fintechs, que desafiam ou complementam as ofertas tradicionais das grandes empresas do setor financeiro.
Para promover o desenvolvimento desse segmento em Santa Catarina, a Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (ACATE) lança a Vertical Fintech, que conta com apoio da Cetip, por meio de seu programa de inovação Foresee. É a primeira iniciativa desse tipo no Brasil.
Na vertical, as fintechs se reúnem mensalmente para trocar experiências e desenvolver o setor. Elas dividem também suas dúvidas e necessidades e contam com o apoio e orientação da Cetip e da consultoria Clay Innovation.
“Além da promoção de eventos e de incentivar o compartilhamento de experiências entre seus membros, a Vertical pretende proporcionar o desenvolvimento de ofertas complementares e competitivas para o setor de serviços financeiros, a partir da colaboração entre as empresas”, diz o diretor do grupo, Roberto Dagnoni, que é vice-presidente e diretor-executivo de Novos Negócios da Cetip. A empresa é a maior depositária de títulos privados de renda fixa da América Latina, a maior câmara de ativos privados do país e a companhia líder na prestação de serviços de entrega eletrônica das informações necessárias para o registro de contratos e anotações dos gravames pelos órgãos de trânsito.
Segundo estudo da Capgemini, o uso de serviços de fintechs no Brasil está acima da média global. A pesquisa mostra que 74% dos consumidores brasileiros utilizam produtos ou serviços dessa categoria, enquanto a média global é de 63%. Para o presidente da ACATE, Daniel Leipnitz, as fintechs têm revolucionado o modo como as pessoas realizam operações financeiras. “Essas startups estão impactando os negócios das instituições financeiras, que têm buscado se reinventar, sobretudo na maneira como se relacionam com os clientes”, explica. Leipnitz reforça que população está indo menos aos bancos e passando a utilizar tecnologias alinhadas com o conceito de fintech, como aplicativos para pagamentos, empréstimos e gestão financeira.