Relatório da Proofpoint revela que aproximadamente 71% dos CISOs brasileiros identificam o erro humano como o principal risco de segurança cibernética

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A Proofpoint, Inc., empresa líder em segurança cibernética e compliance, lançou hoje seu relatório anual Voz do CISO, que explora os principais desafios, expectativas e prioridades dos diretores de segurança da informação (CISOs) em todo o mundo.

O relatório de 2024 chama a atenção para uma tendência notável: Os CISOs brasileiros temem ataques cibernéticos, mas se sentem mais preparados, demonstrando confiança crescente em suas medidas de segurança. Mais de 45% dos CISOs brasileiros entrevistados sentem-se em risco de um ataque cibernético material nos próximos 12 meses, em comparação com 69% em 2023. Os CISOs, hoje, permanecem claramente em alerta máximo, mas a confiança entre eles tem crescido: apenas 31% sentem-se despreparados para lidar com um ataque cibernético direcionado, mostrando uma diminuição acentuada em relação aos 72% do ano passado.

O erro humano continua sendo visto como o calcanhar de Aquiles da cibersegurança, com quase três quartos (71%) dos CISOs brasileiros identificando-o como a vulnerabilidade mais significativa. Em um ano de crescentes ameaças internas e perda de dados causada por pessoas, mais CISOs brasileiros do que nunca (80%) consideram o risco humano, em particular os funcionários negligentes, como uma preocupação fundamental de segurança cibernética nos próximos dois anos. No entanto, há um otimismo crescente no papel das soluções baseadas na IA para mitigar os riscos centrados no ser humano, refletindo um movimento estratégico em direção às defesas baseadas na tecnologia.

O relatório Voz do CISO 2024 examina as respostas de pesquisas globais de terceiros de 1.600 CISOs de organizações de diferentes setores com, no mínimo, 1 mil funcionários. Ao longo do primeiro trimestre de 2024, 100 CISOs foram entrevistados em cada mercado em 16 países: EUA, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Espanha, Suécia, Holanda, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Austrália, Japão, Singapura, Coreia do Sul e Brasil.

O relatório oferece uma perspectiva vital sobre o estado da segurança cibernética daqueles que estão na vanguarda da proteção das pessoas e da defesa dos dados. O relatório sublinha também a importância de manter medidas robustas de cibersegurança face às pressões econômicas e ao papel crítico dos fatores humanos na preparação cibernética organizacional. A pesquisa também mede as mudanças no alinhamento entre os líderes de segurança e os seus conselhos de administração, explorando como o seu relacionamento impacta as prioridades de segurança.

“Embora o cenário da segurança cibernética continue a evoluir com o aumento das ameaças centradas no ser humano, o relatório Voz do CISO de 2024 destaca o que parece ser uma mudança fundamental em direção a uma maior resiliência, preparação e confiança entre os CISOs globais”, disse Patrick Joyce, CISO residente global da Proofpoint. “As conclusões deste ano destacam um movimento coletivo em direção a defesas estratégicas, incluindo educação aprimorada, adoção tecnológica e uma abordagem adaptativa a ameaças emergentes como a IA generativa.”

As principais conclusões locais do relatório Voz do CISO de 2024 da Proofpoint incluem:

  • O erro humano ainda lidera as ameaças de vulnerabilidade cibernética, mas os CISOs recorrem a soluções de IA para ajudar. Este ano, os CISOs brasileiros continuam a ver o erro humano como a maior vulnerabilidade cibernética da sua organização – 71% na pesquisa deste ano vs. 73% em 2023. No entanto, 95% dos CISOs acreditam que os funcionários compreendem o seu papel na proteção da organização. Esta confiança é maior do que nos anos anteriores – 67% em 2023. Isto pode ser atribuído aos 97% dos CISOs brasileiros entrevistados que procuram implementar capacidades alimentadas por IA para ajudar a proteger contra erros humanos e ameaças cibernéticas avançadas centradas nas pessoas.
     
  • Os CISOs temem ataques cibernéticos, mas se sentem menos despreparados, demonstrando confiança crescente nas suas medidas de segurança. Em 2024, 45% dos CISOs brasileiros entrevistados sentem-se em risco de sofrer um ataque cibernético material nos próximos 12 meses, em comparação com 69% em 2023. No entanto, apenas 31% sentem que a sua organização não está preparada para lidar com um ataque cibernético direcionado, em comparação com 72% em 2023.
     
  • A IA generativa supera as preocupações de segurança dos CISOs. Em 2024, 39% dos CISOs no Brasil entrevistados acreditam que a IA generativa representa um risco de segurança para a sua organização. Os três principais sistemas que os CISOs consideram que introduzem riscos às suas organizações são: ChatGPT/outras genAI (38%), Slack/Teams/Zoom/outras ferramentas de colaboração (35%) e dispositivos de rede de perímetro (31%).
     
  • A rotatividade de funcionários ainda é uma preocupação, mas os CISOs confiam nas suas defesas. Em 2024, 40% dos líderes de segurança brasileiros relataram ter que lidar com uma perda material de dados confidenciais nos últimos 12 meses e, desses, 83% concordaram que os funcionários que deixaram a organização contribuíram para a perda. Apesar dessas perdas, 94% dos CISOs acreditam que têm controles adequados para proteger os seus dados.
     
  • A maioria dos CISOs adotou a tecnologia DLP e investiu mais na educação em segurança. 65% dos CISOs brasileiros entrevistados em 2024 possuem tecnologia de prevenção contra perda de dados (DLP) em vigor, em comparação com apenas 37% em 2023. Mais da metade (58%) dos CISOs pesquisados ​​investiram na educação dos funcionários sobre as melhores práticas de segurança de dados, o que é maior em 2024 em comparação até 2023 (39%).
     
  • Malware e ransomware são as principais preocupações dos CISOs. As maiores ameaças à segurança cibernética percebidas pelos CISOs brasileiros em 2024 são malware (46%), ataques de ransomware (38%) e comprometimento de contas na nuvem (Microsoft 365, G Suite ou outro) (37%). Estas principais ameaças são diferentes das do ano passado, em que os CISOs consideraram o ataque distribuído de negação de serviço (DDoS), o comprometimento de contas na nuvem e as ameaças internas (negligentes, acidentais ou criminosas) como as maiores ameaças.
     
  • Posição firme nos pagamentos de resgate com maior dependência do seguro cibernético. Em 2024, 67% (73% em 2023) dos CISOs brasileiros acreditam que a sua organização pagaria para restaurar sistemas e evitar a divulgação de dados se fosse atacada por ransomware nos próximos 12 meses. 87% dos CISOs afirmaram que confiariam em sinistros de seguros cibernéticos para recuperar potenciais perdas incorridas, em comparação com 70% em 2023.
     
  • O relacionamento entre o Conselho e o CISO melhorou significativamente. Em 2024, 92% dos CISOs no Brasil concordam que os membros do conselho concordam com eles em questões de segurança cibernética. Este é um salto significativo de 80% em 2023.
     
  • As expectativas dos CISOs são implacáveis. Em 2024, 41% dos CISOs brasileiros admitiram estar esgotados, em comparação com 70% no ano passado, enquanto 54% sentem que enfrentam expectativas excessivas, uma diminuição em relação aos 71% do ano passado. A sustentabilidade das expectativas contínuas dos CISOs brasileiros continua a ser testada – 83% estão preocupados com a responsabilidade pessoal (69% em 2023) e 85% (65% em 2023) não ingressariam em uma organização que não oferece Seguro de Responsabilidade (D&O). Além disso, 40% dos CISOs concordaram que a atual crise econômica prejudicou a sua capacidade de realizar investimentos críticos para os negócios, tendo 38% deles sido solicitados a cortar pessoal ou adiar reposições, bem como a reduzir orçamentos de segurança.

“À medida em que navegamos pelas complexidades do ambiente de ameaças cibernéticas atual, é encorajador ver os CISOs ganhando confiança em suas estratégias e ferramentas”, comentou Rogério Morais, vice-presidente para América Latina e Caribe da Proofpoint. “No entanto, os desafios contínuos da rotatividade de funcionários, a pressão sobre os recursos e a necessidade de envolvimento contínuo do conselho nos lembram que a vigilância e a adaptação são fundamentais para a nossa resiliência cibernética coletiva.”