Em qualquer mercado de serviços ou produtos já estabelecido, sobressairá a empresa que tiver a melhor relação qualidade x preço. Porém, por trás dessa afirmação óbvia, existe sempre a indagação sobre como alcançar esse diferencial.
Pode-se aumentar a qualidade por meio de mais investimentos com equipamentos, materiais, treinamentos, aumentando equipes etc. Mas como esse investimento implicará, fatalmente, em aumento de preço para o consumidor final, a citada relação acaba perdendo força.
Por outro lado, pode-se promover uma guerra de preços, aumentando sobremaneira o risco para a organização, posto que focar unicamente nessa estratégia colocará em detrimento a qualidade.
Em cenários de alta competitividade, o melhor caminho para se ampliar investimentos sem impactar nos preços é a famigerada redução de custos. Enxugar o quadro de funcionários, alterar o local de trabalho, renegociar contratos de serviços, terceirizar e eliminar desperdícios são medidas comumente adotadas pelas empresas para atingir este objetivo. Algumas são mais efetivas, outras nem tanto. Algumas perduram por mais tempo ao passo que outras são pontuais. Umas não geram impactos, outras colocam em detrimento o bom ambiente de trabalho ou a qualidade.
Qual seria então a melhor forma de alcançar redução de custos duradoura, sustentada e sem impactos?
A resposta está na reengenharia de processos que, a partir de seus princípios e técnicas, permite o alcance do poder transformador dos processos otimizados e aderentes à estratégia da organização.
Revisar papéis e responsabilidades, eliminar aspectos susceptíveis ao retrabalho, promover capacitações, identificar onde o trabalho faz mais sentido, eliminar handoffs, envolver o menor número de pessoas possível e promover sistematização são alguns dos princípios que podem ser empregados na atividade de reengenharia e que respondem diretamente à questão supra.
A reengenharia de processos resulta no “fazer acontecer” com a melhor qualidade, no menor custo e direcionado aos objetivos traçados pela alta administração. Trata-se de viabilizar de forma estruturada e permanente a melhor relação qualidade x custo ou, conforme introduzimos neste artigo, qualidade x preço, sem viés ou impactos associados.
A reengenharia é universalmente transformadora. Qualquer empresa em qualquer ramo de atuação pode aplicá-la observados os fatores:
Engajamento da alta administração e de todos os níveis funcionais da organização;
Equipe com conhecimento consolidado em BPM – business processos management;
Sistemas de processos apropriados.
Em um mercado cada vez mais competitivo e oscilante, o futuro está reservado para as empresas organizadas em torno de seus – otimizados – processos.
Gustavo Coelho, Gerente de Processos e Qualidade da Cleartech