Por Luiz Caloi
Dizer que o data center revoluciona o modo como as atividades, as comunicações e os dados são gerenciados e armazenados nas empresas é redundante. Exaltar também o benefício da mobilidade que a nuvem permite no que tange ao uso das aplicações e dos documentos a serem acessados em diferentes plataformas por meio da internet também é falar mais do mesmo.
Se antes estas e outras questões rondavam a mente e o coração financeiro das empresas, sempre vindo acompanhada de uma série de avaliações para tomarem tal decisão, hoje a indagação volta-se aos efeitos benéficos que o cloud pode causar nas contas da corporação. A questão atual é: a nuvem gera ou não gera economia? Com 20 anos de experiência no mercado de TI, participando de todo o amadurecimento do conceito vivido até o momento, respondo sem titubear que a nuvem é um aditivo a favor e, sobretudo, real nos custos das empresas.
Primeiro pelo fato de eliminar ou otimizar os gastos com a infraestrutura de TI on-premises. Por exemplo, no caso de uma organização que migra para a nuvem pública, os gastos gerados pela infraestrutura local de TI, tais como energia elétrica, aquisição e manutenção de hardwares e softwares, serão completamente limados e, dessa forma, a empresa economizará recursos financeiros, que poderão ser destinados a outras áreas do negócio.
O segundo ponto a favor reside em alinhar a área de TI com a demanda do negócio da empresa. Ao adotar o modelo de pagamento ‘pague pelo uso’, no qual a empresa paga ao fornecedor apenas a quantia referente aos serviços utilizados, a nuvem proporciona flexibilidade frente à estrutura on-premises, que necessita manter uma alta capacidade computacional disponível (e ociosa) para atender períodos de demanda sazonal, como no Natal ou no Black Friday, o que incrementa exponencialmente o custo das companhias.
O terceiro item que chama a atenção é a democratização do uso da tecnologia. A grande concorrência entre as nuvens públicas está fazendo com que a tecnologia de ponta se torne acessível para qualquer tamanho de empresa e de forma cada vez mais rápida. A disputa para atrair clientes faz com que a inovação seja frequente e a queda de preços também.
Já a quarta forma de reduzir custos com a TI a partir do uso da nuvem está totalmente relacionada à diminuição dos gastos com segurança da informação. Assunto que se tornou prioridade nas agendas das empresas, a preocupação com cibersegurança passou a ser dividida com o fornecedor.
Para fechar esta análise, no quinto ponto, vamos averiguar a base dos quatro primeiros, o de escolher um parceiro estratégico que tenha todas as condições de apoiar nesta jornada. Precisamos levar em consideração que não é tudo que está preparado para ir à nuvem e a migração também não é “as is”, uma qualificação detalhada do que se pode levar e como é o primeiro e mais importante passo do processo. Escolher parceiros que são agnósticos em relação à infraestrutura e podem oferecer um modelo híbrido faz a diferença em ter sucesso ou não.
Como se pôde observar, a computação em nuvem reduz os custos reais de TI de formas diferentes. Tal reflexão vem ao encontro de uma pesquisa desenvolvida pela IDC (Internet Data Center), na qual aponta o crescimento na adoção de soluções de cloud pelas organizações no Brasil. Estudos apontam que 10,4% das empresas tiveram um aumento nas receitas após aderirem às soluções em cloud computing e 77% reduziram os custos de TI. Ou seja, recorrer à nuvem é a pura realidade para impulsionar os ganhos empresariais.
Luiz Caloi é diretor de Data Center e Cloud Computing da SONDA, maior companhia latino-americana de soluções e serviços de Tecnologia