Raio-X dos pagamentos digitais na América Latina

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Os brasileiros se destacam no uso do cartão de crédito (82%) em estudo da Rapyd que analisa e compara os métodos de pagamento preferidos e a adoção da tecnologia fintech em sete países da região

O comércio transfronteiriço regional é uma oportunidade cada vez mais acessível para negócios locais na América Latina. Entender como cada país tem suas preferências para realizar e receber pagamentos é fundamental para empresas que pretendem expandir seus negócios pela região. Ainda que pareça uniforme, os hábitos financeiros de cada nação tem suas peculiaridades. É o que mostra o estudo conduzido pela Rapyd, fintech presente em mais de 100 países que unifica mais de 900 tipos de pagamentos digitais em sua plataforma, em sete países – Argentina, Brasil, Colômbia, México, Peru, Venezuela e Chile. O Brasil, por exemplo, lidera o ranking no uso do cartão de crédito, com 82% dos entrevistados tendo respondido ter feito uso do método de pagamento nos últimos 30 dias. Outro destaque é o Pix, como método de pagamento preferido.

Outra conclusão importante do levantamento é que o cartão de débito bancário é o produto financeiro com maior penetração na América Latina; 70% dos entrevistados confirmaram ter um. Os maiores usuários são os chilenos com 86% de posse desse produto, seguidos pelos argentinos com 78% e os mexicanos com 71%. Cerca de 67% dos respondentes brasileiros afirmaram ter preferência por este meio de pagamento.

Ainda com grande parte da população desbancarizada, o Brasil aparece com 69% das pessoas possuindo conta corrente ou poupança. Os países com maior índice de acesso a bancos são a Argentina e a Colômbia, 70%. O México aparece em último lugar dentre os sete países pesquisados com apenas 47% dos entrevistados confirmando terem uma conta de poupança.

Uma curiosidade do levantamento é a Argentina, líder em investimento em cripto. Entre os seis mercados pesquisados, nossos vizinhos  provaram ser o país que mais confia nessa moeda, com 41% dos entrevistados afirmando que investem em cripto via app, muito por conta da situação econômica do país. No Brasil esse número é de 26%.

“Na região, o Brasil se destaca com o Pix como método de pagamento preferido e também o mais utilizado. Importante ressaltar o sucesso dessa ferramenta local que conquistou os brasileiros e está presente no dia a dia dos cidadãos. Uma tecnologia inovadora, simples e acessível”, disse Marc Winitz, diretor de marketing da Rapyd.

LATAM, uma região de exploradores

A maioria (60%) dos latino-americanos pesquisados se considera um “explorador” em tecnologias de pagamento e está aberto a explorar e adotar tecnologias inovadoras. No Brasil, 74% dos entrevistados disseram ter o hábito de usar aplicativos bancários. É o segundo lugar, atrás apenas dos chilenos, com 79%. As eWallets também aparecem em posição de destaque com Argentina e no Brasil sendo os países onde são mais utilizados (73%). Eles são seguidos pelo Chile (67%), Peru (62%) e México (54%), enquanto os colombianos são os menos adeptos a usá-los (48%).

A segurança dos seus dados continua sendo a prioridade do consumidor digital: o mais importante para a região ao considerar um provedor de pagamento é a segurança dos dados (76%). Em segundo lugar está “receber o pagamento no mesmo dia” e “poder ter uma notificação do status do pagamento”, ambos com 61% de menções.

“O que vemos no Brasil hoje é um cenário com oportunidades interessantes de inovação em tecnologia financeira. Os brasileiros têm uma postura mobile-first, comprando diferentes tipos de produtos online (roupas, calçados, acessórios, cosméticos lideram). Também há uma diversidade de opções de pagamento disponíveis. Empresas que buscam ampliar seus negócios no País devem viabilizar os métodos de pagamento preferidos, garantir a segurança dos dados pessoais e a velocidade das transações”, concluiu Marc Winitz, Chief Marketing Officer da Rapyd.

*Este estudo foi realizado pela Rapyd na Argentina, Colômbia, Brasil, México, Peru e Chile em agosto de 2022, onde foram pesquisados hábitos financeiros de homens e mulheres entre 20 e 65 anos, de NSE amplo.