Projeto brasileiro é um dos ganhadores do Fundo de Inovação de Cibersegurança

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A Organização dos Estados Americanos (OEA), Cisco e Citi Fundation anunciaram no dia 21 de abril os ganhadores da primeira edição do Fundo de Inovação de Cibersegurança. O fundo no valor de US$ 200 mil financiará doze projetos da América Latina, cujas propostas buscam resolver diversos desafios de cibersegurança nas áreas de educação, desenvolvimento de capacidades, cibersegurança para PMEs, infraestrutura crítica, mecanismos de resposta a incidentes e crimes digitais.  Um destes projetos é o LGPD Data Hunter, software de text mining desenvolvido no Brasil para identificar informações confidenciais armazenadas em dispositivos de organizações.

Os doze projetos vencedores foram escolhidos por um comitê formado pela OEA, Cisco e Citi a partir de 117 inscritos. A seleção levou em consideração critérios como impacto, empregabilidade e trajetória da equipe. Os 12 ganhadores são: 

  1. Identificação de vulnerabilidades em ambientes de IoT (Argentina): Programa de geração de capacidades na detecção de vulnerabilidades em cenários de internet das coisas (IoT)
  2. NGEN (Argentina): software de infraestrutura programável e configurável capaz de suportar a gestão de incidentes de segurança no ambiente de trabalho de um CSIRT.
  3. GIIS (Argentina): Organização de um grupo de trabalho que estuda e divulga informações positivas sobre o poder e o impacto da engenharia social nas comunidades da Argentina.
  4. LGPD Data Hunter (Brasil): Desenvolvimento de software de text mining para identificar informações confidenciais armazenadas em dispositivos de organizações.
  5. Programemos nosso Futuro (Chile): Treinamento em cibersegurança dirigido a meninas e adolescentes a partir de 13 anos em conceitos básicos de cibersegurança.
  6. Swetekno (Chile): Serviço de transferência de conhecimento em auditorias internas ISO 27001 e análise de Indicadores de Compromisso (IoC) para PMEs.
  7. Hackers Wanted (Colômbia): Iniciativa para fortalecer as capacidades técnicas e pedagógicas em segurança cibernética na Universidade EAN e desenvolvimento de uma metodologia de apoio à segurança cibernética para empresas.
  8. Educação Digital 360 (Colômbia): Projeto de capacitação para educadores, famílias e crianças e adolescentes em segurança digital.
  9. Plataforma de Monitoramento de Informações Sensíveis para entidades do Governo Federal (México): Ferramenta desenvolvida para entidades governamentais para a identificação, classificação e gestão de dados sensíveis obtidos publicamente.
  10. Internet segura para tod@s (México): Projeto de pesquisa e conscientização sobre políticas públicas e conhecimento das ameaças que afetam menores de idade online.
  11. Interativo sobre segurança digital em língua indígena (México): Portal que oferece recomendações sobre segurança digital para educadores, crianças e adolescentes e pais de comunidades indígenas.
  12. ModSecIntl (Uruguai): Firewall de aplicação assistido por modelos de aprendizado de máquina para combater o crime digital.


Os projetos ganhadores do Fundo são, em sua maioria, provenientes dos países membros dos Conselhos de Inovação em Cibersegurança. Além disso, mais da metade deles tem foco em gênero e diversidade tanto em sua liderança, como no impacto esperado dos projetos.

A Secretária Executiva do Comitê Interamericano contra o Terrorismo (CICTE), Alison August Treppel destacou: “Os projetos selecionados para este fundo representam o enorme potencial da nossa região e objetivo comum de buscar soluções diversas a problemas complexos. Na OEA estamos convencidos que o desenvolvimento destas iniciativas contribuirá para um ciberespaço mais seguro para os cidadãos das Américas.”

Mario de la Cruz, diretor sênior de Assuntos Governamentais da Cisco América Latina, destacou que “para a Cisco é fundamental impulsionar em nossa região uma cultura de inovação e conscientização em matéria de cibersegurança, e ao mesmo tempo, contribuir para a geração de talento onde as mulheres e meninas tenham um papel central. Estamos convencidos que a OEA é a melhor aliada para alcançar estes objetivos comuns”.

Já Melissa Pino, vice-presidente de Responsabilidade Social do Citi enfatizou “Para a Citi Foundation é um orgulho poder apoiar a diversificação e acesso de carreiras em cibersegurança e tecnologia. Nossa aliança com a OEA e Cisco é um exemplo perfeito de como diferentes setores podem alinhar-se para fomentar e impulsionar a inovação na região.”